• António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, referiu na conferência de imprensa que, no total, 532 utentes de lares testaram positivo à covid-19.
  • No total, existem casos em 70 lares e já foram registados em mais de 200. Até ao momento, foram já realizadas mais de 500 visitas de acompanhamento das estruturas. "É um trabalho contínuo, de terreno", garantiu.
  • Sobre os surtos nos lares, foi referido que o único caso em investigação é o de Reguengos de Monsaraz.
  • Lacerda Sales frisou ainda que "a Saúde não distingue lares legais de lares ilegais". "Para nós, as pessoas que estão numa ou noutra instituição são igualmente importantes", frisou, dizendo que todas precisam de acompanhamento — e, por vezes, até mais aquelas que estão nos lares ilegais, com menos condições.
  • Referindo a aprovação do Conselho de Ministros para o investimento de 20 milhões de euros em contratos a celebrar para a aquisição de vacinas contra a covid-19, num total de 6,9 milhões de doses, Lacerda Sales frisou que, neste momento, "a única vacina de que dispomos é a prevenção".
  • "O início do processo de distribuição deverá ocorrer a partir do final do ano, mas sempre dependendo da avaliação da Agência Europeia do Medicamento. É uma luz que se começa a avistar ao fundo do túnel", referiu.

  • Rui Santos Ivo, presidente do Infarmed, referiu que o processo de aquisição de vacinas "está a ser feito com muita antecipação". "Temos de estar preparados" para a chegada das vacinas, explicou, frisando que a agência do Medicamento tem sempre a última palavra — é necessária "uma autorização a nível europeu".
  • Estão em desenvolvimento 165 vacinas, segundo dados da OMS. Dessas, 26 estão em fase clínica. No entanto, quatro processos estão mais avançados. "É muito importante que haja um conjunto de vacinas negociadas e disponíveis, não só em termos de quantidade, mas também sabendo quais são as características" de cada uma.

  • O presidente do Infarmed referiu que ainda não se sabe em quantas doses será administrada a vacina, uma vez que depende das características de cada uma e também das pessoas a quem será administrada. Graça Freitas explicou que, quando uma vacina é dada pela primeira vez, é frequente ser preciso dar um reforço. Todavia, tudo depende de cada vacina e esses dados só serão sabidos quando estiverem totalmente desenvolvidas e se tiver acesso ao seu "bilhete de identidade".
  • Graça Freitas, Diretora-geral da Saúde, referiu que "vão ser estabelecidos grupos prioritários para a vacinação". "A primeira linha de consideração" diz respeito ao "tipo de vacina e características da vacina", essencialmente para considerar as diferenças quanto a grupos etários e patologias. Só sabendo isso é possível estabelecer as prioridades. Contudo, em primeiro lugar deverão ser vacinas as pessoas de risco e, em segundo, os cuidadores.
  • Questionada sobre a obrigatoriedade da vacina, Graça Freitas referiu que "a decisão ainda não está fechada", uma vez que "a legislação portuguesa permite, numa situação de pandemia, que a vacina seja obrigatória, mas a decisão terá de depender de uma análise profunda da sociedade e das características da vacina". Por isso, se for necessário "para uma questão de saúde pública", será tomada essa decisão.
  • Sobre a gripe sazonal, a Diretora-geral da Saúde diz que esta vai continuar a verificar-se. Por isso, será necessário saber distinguir os sintomas, uma vez que o novo coronavírus irá coexistir com a gripe. Neste sentido, a DGS garante que o país aumentou a sua quota de vacinas em 2,5 milhões de doses.
  • Quanto ao próximo ano letivo, Graça Freitas deixou um esclarecimento sobre o desporto escolar e as atividades desportivas. "A prática da atividade física" está a ser incentivada pela DGS, a nível individual e em sala. Já a "prática do desporto escolar" está ainda a ser estudada. "Estamos a finalizar com os nossos parceiros um documento sobre a prática de modalidades coletivas", disse.
  • Durante o tempo em que as aulas aconteceram em tempo de pandemia, apenas 0,2% das pessoas foram infetadas. Neste sentido, Graça Freitas disse que, cumpridas as regras, os números podem realmente ser muito baixos, pelo que "compensou abrir as escolas".
  • Sobre os casos importados — que deixaram de aparecer no boletim —, a Diretora-geral da Saúde referiu que estes já representam "um número muito pequeno relativo à totalidade dos casos". A informação é monitorizada, para se saber se Portugal importa casos de algum local em específico, garantiu.