Na sequência de uma reunião realizada em Berlim, o governo federal da chanceler alemã, Angela Merkel, e responsáveis dos 16 Estados federados decidiram que se vai manter a obrigação do distanciamento de segurança entre as pessoas e o uso obrigatório de máscaras nos transportes públicos ou nas lojas.

“Enquanto não houver vacina nem medicamentos, é necessário manter as regras de proteção de base para que nos possamos proteger”, frisou Merkel à imprensa.

Para os grandes estabelecimentos comerciais, as autoridades alemãs criaram “alguma flexibilidade”, segundo as palavras de Marcus Soder, chefe do governo da Baviera (sul) e a maior região alemã em superfície.

A interdição poderá ser levantada para as manifestações em que seja possível identificar todos os participantes, para evitar uma nova cadeia de transmissão da covid-19 e garantir as distâncias de segurança.

Por outro lado, o debate está agora centrado em torno de um acesso limitado aos estádios de futebol e de outros desportos.

Para o resto, a proibição afeta “os grandes acontecimentos, como festivais, festividades locais, manifestações vinícolas, torneios de tiro ou festas, arraiais e feiras ambulantes.

Ao mesmo tempo, o Governo alemão e os 16 Estados federados decidiram também diminuir as restrições noutros domínios, uma vez que as escolas, jardins-de-infância e infantários vão prosseguir gradualmente a reabertura em curso, que ficará completa após as férias de verão.

Neste contexto, o Governo federal e os executivos regionais estão também a encorajar os alemães ao uso de uma aplicação para rastrear novos casos de covid-19, que entrou hoje em vigor e que já foi descarregada por 6,5 milhões de pessoas.

Comparativamente, a Alemanha foi menos afetada pela pandemia do que alguns dos seus vizinhos europeus.

Segundo os dados mais recentes, hoje divulgados pelo Instituto Robert Koch, as autoridades sanitárias contabilizaram 187.184 casos confirmados de covid-19 (mais 345 nas últimas 24 horas) e 8.830 óbitos (mais 30), havendo a estimativa de 173.600 infetados (mais 500) que se encontram já curados.

A Alemanha tem sido considerada como um “modelo” na gestão da epidemia.

“O que fizemos durante o confinamento [de meados de março a meados de maio] foi salvar milhares, provavelmente dezenas de milhar, de vidas”, sublinhou o chefe do governo da Baviera.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 443 mil mortos e infetou mais de 8,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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