“Eu e o Fernando Medina fizemos uma solicitação à Direção-Geral da Saúde (DGS) no sentido de perceber se há alguma razão técnica que possamos não estar a ver, porque se não houver, o que fará sentido é que cada município, de acordo com as suas circunstâncias, possa adaptar a medida”, revelou o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia no final da reunião daquela autarquia.

Cento e vinte e um municípios vão ficar abrangidos, a partir de quarta-feira, pelo dever cívico de recolhimento domiciliário, novos horários nos estabelecimentos e teletrabalho obrigatório, salvo “oposição fundamentada” pelo trabalhador, num conjunto de medidas que abrange as feiras e os mercados de levante, anunciou no sábado o primeiro-ministro António Costa, no âmbito do combate à propagação do novo coronavírus.

Eduardo Vítor Rodrigues precisou tratar-se de “uma apresentação genérica” o documento assinado pelos dois líderes políticos e hoje enviado ao Governo, reiterando que “só a resolução do Conselho de Ministros é que vai explicitar as condições de cada uma das medidas” anunciadas por António Costa.

“Achei que tinha a obrigação de o fazer, enquanto presidente de um município que tem uma data de feiras importantes e de uma Área Metropolitana [do Porto], que tem uma data de outras também importantes, como é o caso de Espinho, Carvalhos, Gondomar, Custoias e Senhora da Hora” insistiu o autarca de Gaia, destacando que no seu município há “400 feirantes” que, por força proibição anunciada, “vão ficar sem nada”.

Para o autarca, “o risco é absolutamente reduzido”.

“Já levámos quatro meses de funcionamento das feiras e tem tudo corrido maravilhosamente”, disse.

“Se a autorização passar para o presidente da câmara eu autorizarei, como é evidente, porque todas as semanas temos tido feiras e não tem havido problema nenhum”, acrescentou o presidente socialista sobre a eventualidade de, na quarta-feira, se cumprir e feira dos Carvalhos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.590 pessoas dos 146.847 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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