A empresa farmacêutica, muito criticada nos últimos dias pelos dirigentes europeus devido a importantes atrasos de produção, “iniciará as suas entregas uma semana mais cedo que o previsto” e “vai ainda reforçar a sua capacidade de produção na Europa”, indicou Von der Leyen em mensagem no Twitter.
O novo objetivo de 40 milhões de doses até finais de março constitui apenas metade dos fornecimentos que a farmacêutica anglo-sueca tinha inicialmente previsto, e que motivou o contencioso com a União Europeia (UE) na passada semana.
“Um passo em direção às vacinas”, escreveu Von der Leyen, que foi submetida a intensa pressão nos últimos dias sobre a capacidade da Comissão Europeia em garantir as encomendas das vacinas.
A UE está atrasada no processo de garantir a vacinação dos seus 450 milhões de habitantes, em comparação com o Reino Unido e os Estados Unidos. A lentidão do processo tem sido atribuída a problemas nacionais e ainda no atraso da aprovação de vacinas em comparação com outros países, e nos escassos fornecimentos garantidos inicialmente.
Em declarações à cadeia televisiva alemã ZDF, Ursula von der Leyen também confirmou o objetivo de vacinar 70% dos adultos do espaço comunitário “até ao final do verão”, e após o anúncio sobre o aumento das entregas das vacinas pela AstraZeneca.
“Queremos que 70% dos adultos da UE sejam vacinados desde agora até ao final do verão”, declarou a presidente da Comissão Europeia, ao reafirmar o objetivo anunciado em 19 de janeiro, mas que tinha ficado comprometido com os atrasos na entrega do medicamento.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.219.793 mortos resultantes de mais de 102,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 12.482 pessoas dos 720.516 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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