Numa moção, apresentada pelo vereador do BE, responsável pelos pelouros da Educação e dos Direitos Sociais, e que foi aprovada com os votos contra do PS e os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, BE e PCP, a Câmara de Lisboa insta o Governo “a organizar os meios e os recursos para a realização de testes gratuitos a todos os professores/as, alunos/as e assistentes operacionais das escolas públicas, no âmbito do início do ano letivo”.

Os casos positivos resultantes do primeiro teste deveriam, posteriormente, ser remetidos para “testagem mais sensível, e também gratuita”, lê-se no texto apresentado pelo vereador Manuel Grilo na reunião privada do executivo camarário realizada esta manhã.

Na moção é também defendido que o Governo deve assegurar que os agrupamentos escolares e equipas de saúde locais têm capacidade para disponibilizar gratuitamente a realização de teste rápido a professores, alunos e assistentes operacionais, “a qualquer momento do ano letivo”.

Além disso, no documento a Câmara de Lisboa insta ainda o Governo à realização “do teste periódico por amostragem para monitorizar o estado epidemiológico das escolas”.

“Apesar de alguns estudos científicos indicarem que existe menor probabilidade de contágio entre crianças e jovens do que entre adultos, há que ter em conta que uma boa parte dos docentes em exercício de funções nas escolas da cidade de Lisboa pertence a grupos de risco, principalmente devido à faixa etária média da classe docente”´, é referido na moção.

Além disso, é acrescentado, a ausência de sintomas em grande parte da população jovem faz com que as potenciais infeções por covid-19 passem despercebidas e se tornem potenciais fatores de contágio.

“A identificação precoce de casos positivos pré-sintomáticos é uma medida de prevenção que permite agir sobre eventuais cadeias de transmissão antes que elas se transformem em surtos, dentro e fora das escolas”, lê-se no documento.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 941.473 mortos e mais de 29,9 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.888 pessoas dos 66.396 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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