A par do alojamento em centros de acolhimento, o partido propôs às autarquias que seja criada “uma rede de cozinhas comunitárias” e que seja feito um “apelo à colaboração de restaurantes locais, para assegurar a confeção de refeições a distribuir por idosos e carenciados”.

Num documento enviado à Lusa, os centristas defendem igualmente que sejam desenvolvidas soluções tecnológicas que “peritam o acompanhamento de pessoas idosas”, que seja apoiada a instalação de “programas de telecomunicação, para contacto entre idosos e as suas famílias” e que seja providenciado “apoio no passeio de animais de estimação de idosos, ou com mobilidade limitada”.

Para tal, o CDS defende que seja criada ou reforçada “uma bolsa de voluntários para apoio domiciliário aos idosos, com recurso à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários, às misericórdias e às instituições particulares de segurança social”.

O partido reiterou a necessidade que identificação de idosos que “necessitem de apoio excecional” e propõe a “criação de linhas telefónicas de apoio psicológico e jurídico, que sirvam também para a fomentar a literacia e a informação”.

Outra das propostas passa por “um serviço de transporte porta a porta que apoie as deslocações essenciais de pessoas idosas ou com mobilidade limitada”, bem como um “programa de estafetas, que garanta o apoio à compra e entrega domiciliária de bens essenciais” e a garantia de “apoio no transporte de profissionais de saúde para serviço domiciliário”.

Para o CDS, seria também importante a “negociação com a rede de supermercados e mercearias da criação de um horário específico de atendimento a idosos”.

O partido quer também que haja “divulgação intensiva de informação sobre higiene e precauções a tomar para prevenir contágios, preferencialmente porta a porta”, e das linhas telefónicas importantes nesta altura, como a Linha SNS24, ou “contactos de apoio à distância”.

Do pacote de medidas propostas pelos democratas-cristãos consta ainda a “sensibilização e divulgação da campanha de combate à burla, com a colaboração das forças de segurança”.

Citado no documento, o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, considerou que este tempo de combate à pandemia de Covid-19 exige “medidas adicionais e urgentes de proteção à terceira idade, que garantam que a nenhum idoso faltem cuidados de saúde, alimentos, medicamentos, artigos de higiene ou outros bens essenciais, mas também o conforto e os afetos de que, afastados das suas famílias, se veem privados”.

O líder do CDS-PP classifica como “imperioso que se crie uma rede capilar de solidariedade e apoio aos idosos mais desfavorecidos, que mobilize as autarquias, as instituições de solidariedade social, as forças de segurança, a proteção civil e o voluntariado”.

De acordo com Francisco Rodrigues dos Santos, “as respostas sociais propostas pelo CDS resultam da identificação, pela rede de autarcas do CDS, das necessidades mais prementes sentidas pelos nossos idosos, bem como do seu esforço na mobilização dos recursos disponíveis para as pôr em prática”.

Portugal regista hoje seis vítimas mortais do novo coronavírus, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde, que dá conta de 1020 casos confirmados de Covid.