Na terça-feira, o presidente da Câmara de Chaves, no distrito de Vila Real, promoveu uma reunião com o comandante da GNR e PSP de Chaves, e ainda com o responsável do SEF a nível distrital, para “avaliar de que forma está a ser feito o controlo das fronteiras” face à pandemia da covid-19.
O autarca chamou a atenção para o facto de existir apenas “um controlo meramente administrativo”, em que se verifica apenas a nacionalidade ou o motivo de quem passa a fronteira que liga o concelho de Chaves, em Vila Verde da Raia, à Galiza, em Espanha.
Na reunião, Nuno Vaz alertou para a “possibilidade de entrarem cidadãos nos transportes de mercadorias” o que pode aumentar “o risco de contágio”.
Para o presidente da Câmara de Chaves, apesar de estar “montada uma estratégia”, há sempre “alguma insuficiência de meios”.
Rui Vaz manifesta preocupação “sobretudo” com a fiscalização e verificação de permanência das habitações por parte dos emigrantes.
“Não há capacidade para fazer essa avalização com a chegada de centenas de emigrantes e é feita uma fiscalização muitas vezes em função de uma denúncia, através de um processo construído com os presidentes da junta de freguesia”, sublinhou.
Nuno Vaz pediu ainda que o Exército seja chamado para auxiliar as forças de segurança na fiscalização à obrigação de permanência nas habitações.
“Isso pode ser feito incrementando e alocando mais forças e meios e porque não os militares, que já fazem ações de prevenção e cooperação no combate aos incêndios, porque não entender que neste contexto de emergência o exército pode ser uma solução para a fiscalização”, atirou.
Reconhecendo a falta de meios, o autarca elogiou a “relação de cooperação entre todas as instituições”, como a Câmara de Chaves, as juntas de freguesias do concelho e as autoridades presentes.
O município transmontano disponibilizou ainda todos os meios logísticos disponíveis, acrescentou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Portugal regista hoje 60 mortes associadas à covid-19, mais 17 do que na quarta-feira, e 3.544 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
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