O CNS reuniu-se hoje extraordinariamente para analisar a evolução da pandemia covid-19 e a eventual retoma às atividades no país da qual resultou uma apreciação conjunta divulgada à agência Lusa.

Os membros do Conselho Nacional de Saúde consideram que a informação disponível é insuficiente para, na sua qualidade de órgão consultivo do Governo na definição de políticas de saúde, poder propor respostas à pandemia covid-19, designadamente no que respeita à reabertura das escolas.

“As autoridades de saúde responsáveis estarão certamente na posse da melhor informação para a tomada de decisão e o Conselho confia que esta será tomada de modo a maximizar os ganhos em saúde”, afirma no documento, a que a agência Lusa teve acesso.

Relativamente às limitações aos direitos de deslocação, o CNS defende, sem precisar o período, que “a situação presente deve ser continuada com particular atenção à população com mais de 60 anos por mais algum tempo, como forma de impedir o aumento descontrolado do número de casos e assegurando a resposta adequada do sistema de saúde”.

Para os membros do CNS, “é essencial reduzir a incerteza da situação presente”, ajudando nomeadamente a prevenir o seu efeito na saúde mental da população, defendendo que deve ser indicado “logo que possível, e com base em cenários partilhados, um prazo para o potencial alívio das restrições impostas”.

Defendem também ser “fundamental que as instituições preparem seriamente a retoma da atividade com estratégias efetivas de comunicação à população”, bem como o reforço continuado de opções como a telemedicina no Serviço Nacional de Saúde, e o ensino à distância nas escolas públicas em Portugal.

“Deve também cada um dos cidadãos preparar cuidadosamente o seu plano de progressivo retorno à normalidade, considerando as regras e orientações das autoridades de saúde internacionais, nacionais e locais”, refere o documento do Conselho Nacional da Saúde, presidido por Henrique Barros.

O Conselho Nacional de Saúde é um órgão consultivo do Governo, independente, composto por 30 membros, que visa garantir a participação das várias forças científicas, sociais, culturais e económicas, na procura de consensos alargados relativamente à política de saúde.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).

Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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