Num comunicado hoje divulgado a AEEP diz que enviou ao Ministério da Educação uma carta a reiterar que as escolas se devem manter abertas, com ensino presencial e com os docentes e pessoal não docente que trabalha diretamente com os alunos a terem prioridade na vacinação.

O agravamento da situação epidemiológica em Portugal decorrente da pandemia de covid-19 deve levar a um novo confinamento semelhante ao que aconteceu na primavera, mas as medidas concretas só serão conhecidas na quarta-feira.

O primeiro-ministro afirmou hoje que, entre os peritos, a posição mais consolidada aponta no sentido de manter os estabelecimentos de ensino abertos, sendo também essa a vontade do Governo.

No mesmo sentido, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) também disse hoje ser contra a hipótese do regresso do ensino à distância, afirmando que o aumento de novos casos de covid-19 disparou após as férias de Natal, quando as escolas estavam encerradas.

Os diretores escolares, segundo as associações do setor, concordam com o ensino à distância para os alunos mais velhos, mantendo os restantes nas escolas, e pedem também prioridade nas vacinas para professores e funcionários.

“As escolas têm demonstrado, ao longo dos meses, que, na sua generalidade e maioria, são espaços seguros, nos quais foram adotadas e seguidas com rigor as recomendações das autoridades de saúde. Tanto quanto se sabe, as infeções em membros das comunidades educativas têm ocorrido fora do espaço escolar”, diz a AEEP no comunicado.

O encerramento físico das escolas “tem impactos muito significativos no bem-estar emocional e físico das crianças e jovens”, sendo mais uma razão para evitar um novo isolamento, alerta a associação, acrescentando que apesar da importância da tecnologia a relação presencial é essencial na educação.

No comunicado a AEEP diz igualmente que se a evolução da pandemia determinar o fecho das escolas se deve começar por mandar para casa em primeiro lugar os alunos mais velhos.

“Da mesma forma, que se permita a possibilidade de organização em regime misto, competindo a cada escola a adoção dos melhores procedimentos para conciliar as decisões tomadas em matéria de saúde pública, com a dinâmica das aprendizagens”, acrescenta-se no documento.