Esta quarta-feira o El Espanhol noticiou que Luis Sepúlveda estava em coma induzido e com respiração assistida por causa dos efeitos do coronavírus. Ao SAPO24 a Porto Editora, editora do escritor em Portugal, confirmou e sublinhou a informação enviada num comunicado com data de 10 de março. Nessa nota a empresa livreira informava que "infelizmente, o estado de saúde do nosso escritor Luis Sepúlveda continua a inspirar cuidados e preocupação".
Horas depois, a família Sepúlveda -Yánez emitiu um comunicado a pedir privacidade e a evocar os direitos fundamentais — "da intimidade e confidencialidade" — do casal.
No comunicado, a família diz ainda que irá avançar para os tribunais caso esses direitos continuem a ser infligidos com a publicação de nomes e dados clínicos.
A nota da família surge, também, depois de outras notícias, que citavam a mulher do escritor e que contrariavam a informação de que o escritor estivesse em coma. Segundo declarações ao chileno jornal 24 Horas, Carmen Yáñes, nega que o escritor chileno esteja em coma e com respiração assistida. Pelo contrario, afirma que Sepúlveda mostra uma recuperação lenta e está a melhorar progressivamente. "Ele está sedado por indicações médicas, mas não em coma", disse.
O escritor e a mulher estiverem no festival Correntes d’Escritas entre 18 e 23 de fevereiro e os primeiros sintomas surgiram no dia 25.
Luis Sepúlveda procurou ajuda médica dois dias depois e está internado desde então no Hospital Universitario Central de Asturias (HUCA) de Oviedo.
A mulher do escritor revelou negativo nos testes ao Covid-19.
O diagnóstico feito ao escritor levou a que alguns dos participantes, como funcionários da Porto Editora e escritor João Tordo, que com ele estiveram no encontro, se tenham auto-isolado por precaução.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou hoje a doença Covid-19 como pandemia.
Detetado em dezembro, o surto já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.
Em Portugal, a DGS atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (18), ao passar de 41 para 59.
O boletim divulgado hoje assinala também que há 83 casos a aguardar resultado laboratorial e 3.066 contactos em vigilância, um aumento face aos 667 divulgados na terça-feira.
No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 471 casos suspeitos.
[Notícia atualizada às 18h40]
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