Nesse sentido, Miguel Albuquerque anunciou que, entre as medidas restritivas que o seu governo vai aplicar, figura a submissão ao Representante da República de uma resolução que torna obrigatória essa sujeição ao período de quarentena por parte de turistas, de continentais ou de madeirenses quando desembarcam no Aeroporto da Madeira.
"A contenção dos desembarques na Madeira é essencial, ou seja, as pessoas serem obrigadas a uma quarentena obrigatória é determinante no sentido de nós podermos monitorizar e controlar os casos potenciais de infeção", sublinhou na conferência de imprensa sobre o combate à pandemia da Covid-19 no arquipélago, a primeira feita por Skype.
"Submetemos a aprovação do representante da República a quarentena obrigatória durante de 15 dias para qualquer passageiro que desembarque na Madeira", disse, realçando que "a obrigatoriedade, nos termos da lei, é fiscalizada pelas forças da autoridade e dando, assim, a garantia de que essa quarentena não é violada pondo em perigo a vida e a saúde de todos os concidadãos".
O governante frisou que quem não cumprir com esta determinação incorre e fica sujeito ao crime de desobediência.
Referiu ainda que serão impostas mais medidas que restrinjam a circulação e o contacto das pessoas "só nos casos imprescindíveis e essenciais".
"Com estas medidas de restrição à circulação, impomos , no fundo, algo que é essencial para estancar a difusão desta epidemia, evitando eventuais situações de contagio", referiu.
Garantindo que o Governo Regional está solidário com a população do arquipélago da Madeira, o presidente do Governo Regional agradeceu o civismo que tem vindo a mostrar, salientando que "a saúde do ser humano é a prioridade das prioridades nesta hora difícil".
"Salvar vidas não é um objetivo secundário, mas um valor cimeiro neste momento na nossa hierarquia de valores", concluiu.
As autoridades de saúde da Madeira anunciaram na quarta-feira dois novos casos de Covid-19 na região, elevando para três o número de infetados pelo novo coronavírus no arquipélago.
"Temos dois casos com resultado preliminar positivo, conhecido no dia de hoje [quarta-feira], e quatro casos aguardam resultado laboratorial", disse a vice-presidente do Instituto da Administração da Saúde (IASAÚDE) da Madeira, Bruna Gouveia, indicando que são "casos importados, com ligação ao Dubai e aos Países Baixos.
"Do total dos 39 casos suspeitos identificados até agora, 32 casos foram negativos", revelou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.
Comentários