Em declarações à Lusa, o diretor do ICBAS afirmou ter disponibilizado à unidade de saúde os ventiladores e monitores de que dispõe no âmbito da sua atividade clínica, nomeadamente veterinária e cirurgia experimental, dado os mesmos poderem ser usados em humanos.
Além disso, entregou todos os materiais de proteção pessoal que tem, desde luvas, máscaras, batas ou cobre sapatos, e que habitualmente são usados nas aulas, laboratórios e atividade clínica.
Henrique Cyrne Carvalho adiantou ainda ter colocado à disposição daquele centro hospitalar do Porto os laboratórios do ICBAS para a realização do teste para a Covid-19.
"Poderá usá-los assim que considere oportuno. Esta medida visa aliviar a pressão exercida nos hospitais de referência e a realização dos testes num ambiente afastado do meio hospitalar, permitindo a minimização dos contactos de casos suspeitos", frisou.
A acrescentar aos recursos materiais, o diretor do instituto referiu que vários médicos veterinários, quer docentes, quer não docentes, estão a integrar a bolsa de voluntários organizada pela Ordem dos Médicos Veterinários para ajudar caso o surto do novo coronavírus em Portugal continue a agravar-se.
Também os docentes com formação médica do ciclo básico do Mestrado Integrado em Medicina estão a integrar a bolsa de voluntariado da Ordem dos Médicos, frisou.
"Todos, nesta altura, estão preparados para integrar a frente do combate onde for considerado necessário", garantiu.
O diretor do ICBAS lembrou que há uma "solidariedade à volta desta causa" que é "essencial" neste momento crucial.
A proteção dos profissionais é algo em que a sociedade tem de "investir fortemente" porque são eles que estão na "frente de batalha", reforçou.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até quarta-feira, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.
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