O país de 1,3 mil milhões de habitantes está a braços com um surto devastador, com novos máximos diários de infetados e mortos há vários dias.
Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias diagnosticaram 386.452 novos casos, ultrapassando pela primeira vez as 380 mil infeções diárias.
A explosão do número de casos, atribuída a uma variante do vírus detetada na Índia, a comícios eleitorais e religiosos em grande escala, sobrecarregou os hospitais, onde faltam camas, medicamentos e oxigénio.
Na terça-feira, o professor de Física e Biologia Gautam Menon, especialista em modelos de previsão da pandemia, disse à Lusa que a Índia só deverá atingir o pico da segunda vaga “em meados de maio”.
“A maioria dos modelos sugere que os casos vão continuar a aumentar e que o pico será provavelmente em meados de maio”, antecipou o professor da Universidade Ashoka, na cidade de Sonipat, a 40 quilómetros de Nova Deli, prevendo que o número de casos “deva chegar aos 400 a 500 mil” por dia.
Desde o início da pandemia, a Índia acumulou 208.330 óbitos e mais de 18,7 milhões de infeções, sendo o segundo país do mundo com mais casos, atrás dos Estados Unidos, e o quarto com mais óbitos, depois dos EUA, do Brasil e do México.
Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, o país administrou até agora cerca de 152 milhões de vacinas contra a covid-19.
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