A IRNA acrescenta que duas das vítimas eram duas idosas da província central de Markazi e a terceira vivia na província de Alborz, norte do Irão.
O anterior total oficial, anunciado segunda-feira, era de 12 mortos e 61 casos confirmados.
Este total foi contestado também na segunda-feira pelo deputado ultraconservador Ahmad Amirabadi Farahani, eleito pela província de Qom, em cuja capital, a cidade santa com o mesmo nome, foram referenciados, em 19 de fevereiro, os primeiros casos mortais do novo coronavírus.
Ahmad Amirabadi Farahani revelou à imprensa, à margem deu uma reunião do parlamento à porta fechada para debater a situação epidemiológica no país, que o número de mortos se elevava a 50 na cidade santa, situada 140 quilómetros a sul de Teerão.
Nas mesmas declarações, o deputado acusava o Ministério da Saúde de “mentir ao povo”.
O Ministério da Saúde negou horas depois “categoricamente” os números referidos por Farahani, reafirmando que até ao momento só estavam registadas 12 mortes em todo o país.
“Nego categoricamente essa informação” disse à imprensa o vice-ministro da Saúde, Iraj Harirtchi, sobre a informação avançada pelo deputado.
“Peço ao nosso irmão que declara esse número de 50 mortos que nos forneça a lista dos respetivos nomes. Se os mortos em Qom forem metade ou um quarto desse número, demito-me”, assegurou o vice-ministro da Saúde.
“Comprometemo-nos a ser transparentes na publicação dos números. Anunciaremos todos os números relativos às mortes no conjunto do país”, disse por seu lado o porta-voz do governo, Ali Rabii.
Noutro despacho, a IRNA informou hoje ainda que a oitava reunião da Assembleia de Peritos, um dos órgãos de tutela político-religiosa do país, foi cancelada como medida de precaução relativamente ao surto epidémico.
Citado pela agência oficial iraniana, o Secretariado da Assembleia de Peritos anunciou que a reunião, prevista para os dias 03 e 04 de março foi adiada para data a marcar.
A Assembleia de Peritos integra 44 clérigos designados pelo Guia Supremo, ‘ayatollah’ Ali Khamenei e é o órgão constitucional que tem estabelece jurisprudência religiosa no Irão.
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