Portugal regista hoje mais três mortes causadas pela covid-19 do que no sábado e mais 457 infetados, mais de 85% dos quais na Região de Lisboa e Vale do Tejo, divulgou hoje a Direção-Geral da Saúde.

De acordo com o boletim epidemiológico da DGS, o número de mortos relacionadas com a covid-19 ascende hoje a 1.564 pessoas enquanto os casos confirmados desde o início da pandemia totalizam 41.646 infetados.

Em comparação com os dados de sábado, constatou-se hoje um aumento de óbitos de 0,2%, enquanto a evolução dos casos de infeção mostrou um crescimento de 1,1%. É a maior subida diária registada desde oito de maio.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado o maior número de surtos, a pandemia de covid-19 atingiu os 18.752 casos, mais 391 do que no sábado.

Esta região tem atualmente 45% dos infetados em todo o país.

O caso da região de Lisboa e Vale do Tejo no boletim

A percentagem de novos casos situados em Lisboa e Vale do Tejo aumentou em relação a sábado, dia em que a região apresentava 79% dos novos casos de covid-19, ou seja, 255 das 323 novas infeções daquele dia.

Os concelhos de Lisboa com maior número de casos de infeções são Lisboa, com 3.423 doentes, e Sintra, com 2.564.

Outros três concelhos da Área Metropolitana de Lisboa registam um número de infetados com o novo coronavírus superior a mil: Loures, com 1.791, Amadora, com 1.645, e Odivelas, com 1.084.

No total, estes cinco concelhos contabilizam 10.507 dos casos confirmados de infeção, mais de metade do total da região de Lisboa e Vale do Tejo, onde o número totaliza 18.752.

Relativamente ao total do país, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem quase metade dos casos (45%), sendo que Portugal soma 41.646 infetados confirmados, segundo o boletim epidemiológico hoje divulgado.

A região Norte do país não está, no entanto, muito longe desta percentagem.

Com 17.476 casos confirmados de covid-19, o Norte alberga 42% do total de infetados no país, ficando estas duas regiões (LVT e Norte) muito longe da terceira zona mais infetada, o Centro, onde estão 9,8% (4.094 pessoas) do total de doentes.

Entre o Alentejo e o Algarve situam-se 2,5% dos infetados, enquanto as ilhas albergam 0,5% dos doentes confirmados.

De acordo com o boletim da situação epidemiológica em Portugal divulgado hoje pela DGS, na região do Norte foram reportadas 31 das novas infeções diárias (6,7% dos casos), no Centro 14 novos casos (3%) e no Algarve mais 17 (3,7%).

No Alentejo registaram-se quatro novos casos (0,8% do total).

Nem Região Autónoma dos Açores nem a da Madeira reportou novos casos nas últimas 24 horas.

Das três mortes registadas hoje, duas aconteceram na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Alentejo.

No Norte, os concelhos com mais casos acumulados são Vila Nova de Gaia, com 1.640, seguindo-se o Porto, com 1.414 infetados, e Matosinhos, com 1.292.

Na lista segue-se Braga, com um total de 1.256 casos confirmados, e depois Gondomar, com 1.093 doentes.

A DGS realça que os números apresentados se referem ao total de notificações médicas no sistema SINAVE (excluindo notificações laboratoriais), pelo que podem não corresponder à totalidade dos casos por concelho.

O boletim ao pormenor

Do total de pessoas infetadas em Portugal, 458 estão internadas, mais uma do que no sábado, estando 75 em unidades de cuidados intensivos, mais cinco do que na contabilização anterior.

Na distribuição dos casos infetados por concelhos, Lisboa é o que regista o maior número de casos, com 3.423 (mais 88 do que no sábado), seguido por Sintra, com 2.564 (mais 87).

No terceiro lugar dos concelhos com mais infetados encontra-se Loures, com um total de 1.791 (mais 46), seguindo-se a Amadora, com 1.645 (mais 54 infetados do que no sábado), e Vila Nova de Gaia, com 1.640 (mais sete).

Covid-19 em Portugal

Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas - que incluem febre, dores no corpo e cansaço - deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS e o Governo criou para o efeito vários sites onde concentra toda a informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e esclarecer dúvidas sobre a doença.

O Governo também lançou um site que funciona como um guia prático para apoiar cidadãos, famílias e empresas no combate aos efeitos causados pela pandemia.

Poderá ainda acompanhar a cobertura da covid-19 no Especial Coronavírus do SAPO24.

Ainda acima dos mil casos, contam-se o Porto, que manteve os 1.414 casos de infeções, Matosinhos, que também continua com o mesmo número registado no sábado: 1.292; e Braga, que também mantém o número anterior, somando 1.256 doentes.

A lista dos concelhos com mais de mil infetados inclui ainda Gondomar, com 1.093 casos, e Odivelas, com 1.084.

Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas até hoje, 781 são homens e 783 são mulheres.

Por faixa etária, o maior número de mortes regista-se entre as pessoas com 80 ou mais anos (1.048), seguida pela faixa entre os 70 e os 79 anos (301).

Entre a população com idades compreendidas entre os 60 e 69 anos há 143 mortes, além de 50 mortes entre as pessoas com idade entre os 50 e os 59 anos.

Entre os 40 e os 49 anos houve 18 mortos, duas entre os 30 e os 39 anos e duas na faixa etária dos 20 aos 29 anos.

Em termos globais, a faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (6.932), seguida da faixa entre os 30 e os 39 anos (6.626) e das pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 59 anos (6.564).

A aguardar resultado laboratorial de testes estão 1.511 pessoas e em vigilância pelas autoridades de saúde estão 31.299.

Desde o dia 01 de janeiro, Portugal registou 376.815 casos suspeitos, segundo adianta o boletim, referindo que 27.066 se recuperaram, o que representa mais 202 do que no sábado.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 498 mil mortos e infetou mais de 10 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.