Rui Rio assumiu esta posição no final de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, depois de ter sido confrontado com o facto de os ministros das Finanças da zona euro não terem ainda chegado a acordo para a adoção de medidas de combate à atual crise sanitária, económica e social.

"Não fico particularmente preocupado com o facto de esta reunião [do Eurogrupo] não ter sido conclusiva e de ter de haver mais uma. Direi mesmo que não fico preocupado se tiver que haver mais duas", respondeu.

O líder social-democrata disse compreender a existência de posições "muito distintas entre os muito diversos países da União Europeia".

"Compreendo que isto não seja uma questão de se reunirem todos numa sala e ao fim de quatro horas estão todos de acordo sobre aquilo que era difícil de acordar", justificou.

O presidente do PSD afirmou depois que ficará preocupado "se, no fim, não houver um acordo, ou seja, se a União Europeia não estiver capaz de estar toda junta, não dando uma resposta conjunta em relação a um problema que afeta toda a Europa".

"Nesse caso, já seria uma ineficácia bastante grave. A Europa está perante um grande desafio e se não conseguir ter uma resposta conjunta a uma ameaça destas, bom, então o projeto europeu vai sofrer um abanão. Se conseguir uma resposta conjunta e se essa resposta tiver êxito, então é exatamente o contrário: O projeto europeu sofre um élan brutal, e os euroceticismos e os extremismos perdem um bocado a razão de ser", acrescentou.