António Lacerda Sales avançou que a Direção-Geral da Saúde (DGS) vai emitir nas próximas horas uma norma com “o suporte técnico para essa terceira dose” contra a covid-19 ou dose de reforço, ressalvando que a vacina vai começar por ser administrada a pessoas residentes em lares de idosos e com mais de 80 anos.
“Iniciaremos pelas faixas mais vulneráveis, nomeadamente pelas estruturas residenciais para idosos, pela faixa acima dos 80 anos e depois iremos de uma forma decrescente até à faixa igual ou superior aos 65 anos, como foi feito quando foi a primeira fase de vacinação covid”, disse aos jornalistas o secretário de Estado à margem da assinatura do acordo de cooperação entre o INEM, Liga dos Bombeiros Portugueses e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Lisboa.
O governante sublinhou também que esta dose de reforço deverá ser administrada a partir de 11 de outubro.
O secretário de Estado afirmou que se estava à espera da decisão da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que hoje foi conhecida, para que “a DGS pudesse também tomar a sua decisão técnica” e para que Portugal pudesse avançar com essa dose de reforço ou terceira dose.
A EMA indicou hoje que doses de reforço da vacina anticovid-19 da BioNTech/Pfizer “podem ser consideradas” para pessoas com mais de 18 anos, após seis meses da segunda dose, para aumentar os anticorpos.
A EMA decidiu também hoje que uma terceira dose da vacina anticovid-19 da BioNTech/Pfizer e da Moderna só deverá ser administrada na União Europeia (UE) a pessoas com “sistemas imunitários gravemente enfraquecidos”, após 28 dias.
Questionado sobre se a terceira dose da vacina contra a covid-19 pode ser administrada em simultâneos com a da gripe, António Lacerda Sales disse que se aguarda por uma decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que “muito em breve” deve pronunciar-se sobre a questão da coadministração.
“Neste momento não há essa indicação técnica, estamos a vacinar com uma diferença de 14 dias. Iniciámos a vacinação da gripe no dia 27 de setembro. A iniciar a vacinação da terceira dose, como todos esperamos, será a partir do 11 de outubro, quando se perfaz os 14 dias”, disse.
O secretário de Estado lembrou ainda que esta dose de reforço terá de ser administrada seis meses após a segunda dose.
“São estes os planos e é com este planeamento que estamos a trabalhar para podermos no dia 11 de outubro começar a vacinar com a dose de reforço ou terceira dose”, sustentou, sublinhando que Portugal já está a administrar a doentes imunossuprimidos uma dose adicional.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde atualizou, também no início de setembro, as normas para admitir uma terceira dose adicional da vacina a imunodeprimidos com mais de 16 anos, como transplantados, seropositivos e doentes oncológicos.
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