Questionado sobre o fim do uso obrigatório da máscara, o Presidente da República lembrou que é uma competência da Assembleia da República, que só volta a reunir-se em plenário em setembro, por isso defendeu que a prorrogação dessa decisão “é uma boa coincidência, depois de deixar passar algumas semanas”.

“Fui dos primeiros a pô-la e serei dos últimos a tirá-la. Quero ver primeiro os números de agosto e de setembro”, afirmou aos jornalistas Marcelo Rebolo de Sousa, que falava durante uma visita ao centro de vacinação de Alcabideche, no concelho de Cascais.

A acompanhar a vacinação entre os 12 e os 15 anos, o Presidente da República apelou aos jovens que “se vacinem os que ainda não se vacinaram” antes do início do ano letivo, com o objetivo de evitarem os contágios e a propagação do vírus e contribuírem para uma maior cobertura de cidadãos nacionais com vacinação completa.

“Se os jovens e os pais querem mais prevenir do que remediar têm de torcer a sua vida e sacrificar as férias, acelerar este processo e terem a dupla vacinação. Se hesitam, esperam para ver o que acontece com o vizinho aí estão sujeitos, no começo das aulas, a apanhar covid”, realçou.

Quando o país se prepara para, a partir de segunda-feira, entrar numa nova fase de desconfinamento, o Presidente da República apelou também ao “bom senso” dos cidadãos, defendendo que “maior liberdade significa que há maior responsabilidade”.

“Vai haver regresso de férias e começo de ano letivo, haverá mais circulação de pessoas de outros países e sabemos que há países ode a vacinação não está ao nosso nível, por isso vai ser preciso acompanhar com muito cuidado as próximas quatro semanas e aí, continuando a vacinação, vamos ver exatamente o que se passa noutros sítios e se nos afeta ou não”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, que prefere tirar a máscara só em setembro e tenta “usá-a o mais possível mesmo na praia”.

O Presidente da República mostrou-se satisfeito “por ver milhares e milhares [a vacinarem-se]”, considerando que “é sempre bom abrir-se espaços de liberdade” à população e elogiou o trabalho da Task Force, criada para gerir o processo de vacinação, e da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 provocou pelo menos 4.423.173 mortes em todo o mundo, entre mais de 211,3 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.630 pessoas e foram contabilizados 1.017.308 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

(Artigo atualizado às 13:50)

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