Em comunicado, o gabinete de crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos (OM) defende uma aposta numa comunicação “clara, concisa e eficaz, realizada também por quem está mais próximo de setores sociais distintos e de diferentes gerações, para motivar os cidadãos a cumprirem as normas definidas pela DGS”, e a criação de “um plano para refutar as falsas informações habitualmente associada a alguns movimentos inorgânicos”.

A OM defende igualmente a libertação dos médicos de família e respetivas equipas das múltiplas tarefas relacionadas com a Covid-19, para "manter aberta a principal porta de entrada no SNS”, o que pode passar pela criação de uma linha de saúde específica para o sistema de rastreio 'Trace-Covid', com equipas médicas próprias para seguirem e tratarem à distância os doentes em ambulatório e estarem disponíveis para receber os seus contactos.

Diz ainda que devem ser publicadas e divulgadas “regras objetivas, adaptadas à atual evolução da pandemia”, o que passa por “uma atuação mais robusta nos eventos públicos ou privados, por exemplo, nos restaurantes, bares, cafés, casamentos ou batizados”, admitindo nestas situações medidas de contenção e prevenção mais rigorosas.

A testagem regular dos profissionais de saúde e cuidadores dos lares, acompanhada da introdução dos chamados testes rápidos em surtos é outra das recomendações.

A OM defende também uma melhor proteção dos lares, “envolvendo as famílias, apostando na formação adequada dos cuidadores, na contratação de equipas clínicas específicas com médico, enfermeiro e farmacêutico, e na melhoria gradual das infraestruturas e capacidade de distanciamento”.

Diz que o Plano da Saúde para o Outono-Inverno "deve ser rapidamente operacionalizado, definindo de forma clara quais os hospitais não Covid, concretizando a existência de hospitais de retaguarda devidamente equipados para tratar doentes Covid, o apoio à criação de hospitais de campanha que permitam reforçar a resposta ao diagnóstico e acompanhamento de doentes Covid que não podem estar no seu domicílio”.

Em comunicado, a OM pede “um papel mais ativo” da estrutura militar no apoio ao combate à pandemia de Covid-19, “que necessita com urgência de planeamento, organização e disciplina”.

A concretização de uma coordenação nacional e regional para a gestão crítica de camas de internamento, cuidados intensivos e transferência de doentes e a insistência no teletrabalho ou, quando não é possível, no desfasamento de horários de trabalho, acompanhado pelo reforço da disponibilidade de transportes públicos, são outras das medidas propostas.

Finalmente, o gabinete de crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos defende um reforço robusto no Serviço Nacional de Saúde, sublinhando que tal passa por melhorar a proposta do Orçamento do Estado para 2021.

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