"Os pais estão divididos quanto às medidas que devem ser aplicadas às escolas durante o confinamento", contou à Lusa o presidente da CNIPE, Rui Martins.
A informação baseia-se no inquérito 'online' realizado pela CNIPE ao qual responderam mais de cinco mil pessoas (5.022).
Quase metade (46,4%) defendeu que a melhor solução era que as escolas passassem “todas a regime à distância”, segundo os resultados do inquérito.
Os restantes inquiridos dividiram-se entre os 18,3% que acham que as aulas devem continuar tal como estão (com ensino presencial) ou os 11,8% que defendem que apenas os alunos mais velhos (do 3.º ciclo e secundário) devem voltar a ter aulas à distância.
Há também quem entenda que a melhor solução era um regime misto: Duas semanas de aulas em regime presencial e duas semanas à distância foi a opção escolhida por 8% dos inquiridos.
Em declarações à Lusa, o presidente da CNIPE salientou o facto de o inquérito vir contrariar a posição tornada pública esta semana pela Confederação Nacional das Associação de Pais (Confap), segundo a qual os pais querem que as escolas permanecam abertas.
Também na terça-feira, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, defendeu que os estabelecimentos de ensino deveriam permanecer abertos, sublinhando a importância do ensino presencial para os alunos, em especial os mais carenciados.
O inquérito da CNIPE também quis saber a opinião dos pais sobre o funcionamento das cantinas durante o confinamento: Mais de 80% das pessoas defenderam que mesmo com as escolas fechadas as cantinas deveriam permanecer abertas para garantir as refeições dos alunos em regime 'take way'.
Metade dos inquiridos (54,6%) considera que basta ter a funcionar uma cantina por agrupamento, enquanto 28% defende que deveriam estar abertas todas as cantinas. Apenas 16,9% entende que não faz sentido manter as cantinas a funcionar durante o confinamento.
O Governo está neste momento reunido em Conselho de Ministros para decidir medidas concretas do próximo confinamento, sendo o futuro funcionamento das escolas a maior incógnita.
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