No país sul-americano o surto está longe de ser controlado e centenas de mortes diariamente naquele que é já o sexto país do mundo com mais casos confirmados, acumulando mais de 607 mil infetados.

As 28 mil mortes devido à covid-19 registadas no Peru traduzem-se numa mortalidade de 85,8 mortes por 100 mil habitantes, um dado que resulta da divisão do número de mortes pela população nacional de 32,6 milhões de habitantes, segundo o dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI).

No Peru, ainda existem milhares de mortes suspeitas por coronavírus que não foram incluídas nos relatórios do Governo.

No total, são mais de 65 mil mortes a mais registadas desde o início da pandemia em relação aos anos anteriores, pois, desde março, as mortes em todo o país aumentaram 120% em relação aos dois anos anteriores.

As mortes suspeitas no Peru somam 10.443, de acordo com o último relatório publicado a 18 de agosto pelo Centro Nacional de Epidemiologia, Prevenção e Controlo de Doenças do Ministério da Saúde.

Sem contar os casos suspeitos e apenas com óbitos confirmados após resultado positivo nos testes de despistagem, o Peru é o nono país do mundo em número de mortes.

Embora os Estados Unidos sejam o país com maior número de óbitos, registando quase 180 mil, a taxa de mortalidade é inferior à do Peru, com 350 milhões de habitantes, o que se traduz em cerca de 54 mortos por 100 mil habitantes.

A mesma situação ocorre no Brasil, segundo lugar na lista em número de mortes, somando 116 mil, mas numa uma população de 210,1 milhões de pessoas, o que se traduz em 55 mortes por 100 mil habitantes.

A letalidade do coronavírus no Peru até agora é de 4,8%, o que significa que quatro em cada 100 pessoas infetadas pelo vírus SARS-CoV-2 morrem, longe da taxa do México, que é de 10,8%.

No entanto, a taxa de mortalidade no México é quase metade da do Peru, com 49 mortes por 100 mil habitantes.

Depois do Peru e da Bélgica, os próximos países com maiores taxas de mortalidade são o Reino Unido e a Espanha, com 62 e 61 mortes por 100 mil habitantes, respetivamente.