Resultados preliminares demonstraram que o medicamento em causa diminui em 89% o risco de hospitalização ou morte em adultos com risco de desenvolver a doença de forma grave e deve ser administrado logo após o aparecimento dos sintomas.

No Brasil, os estudos decorrem em 29 centros de investigação nas unidades federativas do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, segundo a Pfizer, citada pelo portal de notícias G1.

Em algumas cidades brasileiras, os estudos já começaram em outubro passado, mas em outras, como Campinas, começarão na quinta-feira.

Segundo a Pfizer, o Paxlovid deve ser ingerido duas vezes ao dia, por cinco dias, a partir do terceiro dia do surgimento de sintomas de covid-19. O tratamento com o Paxlovid também requer a ingestão de outro remédio, o Ritonavir.

"Nesses estudos, o fármaco é coadministrado com uma baixa dose do Ritonavir, um antirretroviral utilizado em tratamento de infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)", informou a farmacêutica.

O medicamento da Pfizer, conhecido como inibidor de protéase, é desenvolvido para bloquear uma enzima de que o vírus precisa para se multiplicar.

Segundo o presidente e CEO da Pfizer, Albert Bourla, os resultados que conferiram uma redução de 89% de hospitalizações "são uma verdadeira virada de jogo nos esforços globais para deter a devastação da pandemia".

"Esses dados sugerem que nosso candidato a antiviral oral, se aprovado ou autorizado pelas autoridades regulatórias, tem o potencial de salvar a vida dos pacientes, reduzir a gravidade das infeções por covid-19 e eliminar até nove em cada dez hospitalizações”, disse Albert Bourla, citado no 'site' da farmacêutica.

A Pfizer indicou ainda estar empenhada em fornecer o fármaco a um "preço acessível".

"Se o nosso candidato for bem-sucedido, durante a pandemia, a Pfizer oferecerá nossa terapia antiviral oral experimental através de uma abordagem de preços diferenciados com base no nível de rendimentos de cada país para promover a igualdade de acesso em todo o mundo", detalhou o laboratório, frisando que os países ricos pagarão mais do que as nações pobres.

Além do Brasil, os testes decorrem nos Estados Unidos, Hungria, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Polónia, Porto Rico, Tailândia e Turquia.

Em números absolutos, o Brasil, com 610.036 mortos e 21,9 milhões de casos, continua a ser um dos três países mais afetados pela pandemia no mundo, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia, apesar de a pandemia estar em queda no país desde junho.

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