“Mantendo-se esta taxa de crescimento, o tempo para atingir a taxa de incidência acumulada a 14 dias de 120 casos/100 000 habitantes será de 15 a 30 dias para o nível nacional e menos de 15 dias para a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT)”, refere a análise de risco da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
O relatório avança ainda que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 apresenta valores superiores a 1 a nível nacional (1,08),"e em todas as regiões de saúde sugerindo uma tendência crescente".
De acordo com o relatório, "esta tendência crescente é mais acentuada na região de LVT".
"Os aumentos dos valores do índice de transmissibilidade (Rt) e da frequência de novas variantes de preocupação devem ser acompanhados com atenção durante as próximas semana", sugerem os especialistas.
O relatório de "Monitorização das linhas vermelhas de covid-19" revela ainda que o número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 71 casos.
Os dados desta sexta-feira da DGS e do INSA mostram ainda que foram identificados 74 casos da linhagem B.1.617.2, a variante associada à Índia. Segundo o documento, há várias introduções distintas desta variante em Portugal. A ausência de ligação "em alguns dos casos mais recentes pode indicar a existência de transmissão comunitária da mesma".
Na semana anterior, o INSA referiu que tinham sido identificados 37 casos desta linhagem, classificada como de preocupação pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) em 24 de maio.
Foram ainda identificados 104 casos da variante associada à África do sul e 139 da variante de Manaus. 87,7% dos casos correspondem à variante britânica.
O relatório refere também que o número diário de doentes de covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma “tendência ligeiramente decrescente”, correspondendo a 21% do valor crítico definido de 245 camas ocupadas.
Na quarta-feira, estavam internados em UCI 52 pessoas, sendo o grupo etário entre os 50 e os 59 anos o que tinha mais doentes a necessitar de cuidados intensivos.
A proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,3%, valor que se mantém abaixo do limite definido de 4%, referem os dados da DGS e do INSA, que avançam que, na última semana, registou-se um aumento do número de testes de despiste do vírus.
Nos últimos sete dias foram realizados 325.390 testes, mais 51.174 do que os 274.216 feitos na semana anterior.
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