"Temos mais 11 casos verificados" e, desses, "cinco são na fundação" que possui o lar e "seis na comunidade", disse o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, em declarações à agência Lusa.
Segundo o autarca, os cinco novos infetados foram detetados entre os funcionários da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), na sequência da realização de novos testes, depois de, inicialmente, terem testado negativo para a doença.
"Em situações epidemiológicas tão complexas, alguns negativos podem estar em período de incubação", assinalou, adiantando que as autoridades resolveram "testar novamente todos os funcionários e todos os utentes que deram negativo".
Além dos cinco funcionários que testaram agora positivo para a covid-19, indicou José Calixto, foram detetados seis novos casos da infeção na comunidade, fora do lar onde apareceu o surto inicial.
Os novos 11 casos confirmados foram detetados na sequência dos "cerca de 200 testes" realizados na segunda-feira, nomeadamente os "164 em Reguengos de Monsaraz e mais algumas dezenas na Área Dedicada Covid-19 de Évora", sublinhou o presidente do município.
José Calixto assinalou que, atualmente, estão internados quatro utentes do lar no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), com uma situação clínica "estável".
A nova Área Dedicada Covid-19 de Reguengos de Monsaraz, com médicos, enfermeiros e técnicos para rastreio, observação e testes, vai começar a funcionar na quarta-feira, a partir das 09:00, no parque de feiras e exposição da cidade, após ter sido "montada em tempo recorde", revelou.
"Num dia conseguimos ter uma lavandaria, o sistema informático do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e gabinetes e instalações para triagem, observação médica e testagem", acrescentou.
Na passada quinta-feira, foi detetado o primeiro caso positivo de covid-19 no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), em Reguengos de Monsaraz, o de uma utente que foi de imediato internada, tendo sido iniciada nesse dia a testagem a todos os funcionários e utentes da instituição e, posteriormente, à comunidade.
O autarca disse à Lusa que, à data de hoje, no que à FMIVPS diz respeito, o balanço é de 22 trabalhadoras e de 46 utentes infetados com a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
Serviços do município, escolas, creches e jardins-de-infância locais, atividades de apoio à família e "alguns estabelecimentos comerciais" situados nas imediações do lar afetado já foram encerrados.
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