Já saíram todos os passageiros que estavam a bordo do cruzeiro MSC Fantasia, aportado em Lisboa. A operação das autoridades portuguesas terminou ontem, com a saída dos cinco últimos passageiros, “que deram entrada em Portugal mediante concessão de visto especial por razões humanitárias”, disse o ministério da Administração Interna numa nota à imprensa.

Segundo a tutela, “estes passageiros ficarão agora em confinamento obrigatório”.

Antes, nove argentinos tinham sido os últimos passageiros a sair de Portugal. Há ainda cerca de 500 tripulantes, que regressarão aos seus países esta semana.

A bordo do cruzeiro, que acostou no Porto de Lisboa, a 22 de março, estavam 1.338 passageiros, maioritariamente da União Europeia, Reino Unido, Brasil e Austrália. No MSC Fantasia estavam também 27 cidadãos nacionais e 8 cidadãos estrangeiros residentes em Portugal.

Os restantes passageiros estavam distribuídos por 38 nacionalidades, informa o ministério da Administração Interna.

No dia 24, desembarcaram 1.015 cidadãos estrangeiros, que regressaram aos seus países em quatro voos. Já no dia 25, à tarde, realizou-se outro voo com destino a Marselha, que transportou 141 pessoas (61 das quais tripulantes do navio).

Esta operação, que decorreu em articulação com diversas embaixadas dos vários países, envolve a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a Polícia de Segurança Pública, a Autoridade Nacional da Aviação Civil, a Direção -Geral da Saúde, a Polícia Marítima, a Autoridade Tributária e Aduaneira e a ANA - Aeroportos de Portugal.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.