De acordo com o SIPE, o corpo docente enfrenta agora um dos seus maiores desafios e está emprenhado em cumprir todas as regras, mas a segurança perante o contágio não está totalmente garantida.
“Embora as escolas estejam a redobrar-se em esforços para cumprir as normas de segurança, tal não é possível quando a grande maioria das turmas é constituída por cerca de 30 alunos, que têm de permanecer na mesma sala de aula”, advertiu o SIPE em comunicado.
A maior parte das salas de aula “não tem espaço suficiente para garantir uma secretária por aluno e, consequentemente, torna-se praticamente impossível cumprir a distância mínima de segurança entre crianças e jovens e professores”, frisou a estrutura sindical.
O sindicato destacou também “a gravidade da situação dos docentes que padecem de alguma doença crónica”, ou de maior risco, não poderem lecionar em regime de teletrabalho.
“Num país em que apenas 2% dos professores do 3.º ciclo e ensino secundário tem menos de 30 anos, não é compreensível o porquê de os professores com risco grave terem de estar ainda mais expostos a uma ameaça de contágio pelo novo coronavírus”, lê-se no documento.
Para o SIPE, os agrupamentos escolares devem ter autonomia para a constituição de uma bolsa com estes professores em teletrabalho para fazerem tutorias e prestarem apoio aos alunos.
Portugal contabiliza pelo menos 1.878 mortos associados à covid-19 em 65.626 casos confirmados de infeção, segundo o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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