Em declarações à agência Lusa, o presidente do sindicato disse que “há patrões que estão a obrigar os seus trabalhadores a deslocarem-se e a trabalhar em condições que desrespeitam as medidas tomadas a nível governamental” para tentar travar a pandemia, nomeadamente no que se refere à lotação das carrinhas que transportam os funcionários para as obras e à distância entre trabalhadores durante a laboração.
“Há trabalhadores que já foram ameaçados de despedimento se não trabalharem perante as orientações desses patrões”, garante Albano Ribeiro.
Segundo este responsável, os incumprimentos acontecem quer em obras privadas, quer em obras públicas, sendo “um dos casos mais graves” a obra da barragem do Alto Tâmega, da espanhola Iberdrola, “dado o grande contacto entre trabalhadores portugueses e espanhóis”.
Considerando que, “perante esta grave situação, o setor não pode continuar a funcionar sem as pessoas responsáveis fazerem o rastreio, quer nas obras públicas, quer nas obras privadas”, o dirigente sindical defende que, “não sendo respeitadas as orientações das entidades responsáveis da saúde, as obras devem ser imediatamente suspensas”.
“O sindicato deu orientação aos trabalhadores que, a manter-se a atitude irresponsável dos patrões, o sindicato tomará uma posição”, disse à Lusa.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
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