A 25.ª edição do programa, promovido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), deveria estar prestes a começar com um estágio ainda em Portugal, antes da distribuição pelas empresas localizadas um pouco por todo o mundo.
Contudo, ainda em 2020, durante o período das inscrições dos jovens licenciados, o INOV foi suspenso, “considerando a incerteza no que respeita à evolução da pandemia nos próximos tempos, que impõem a manutenção de diversas medidas restritivas no mundo inteiro, no sentido de tentar conter a propagação do vírus, nomeadamente a necessidade de isolamento social”.
Em declarações à Lusa, fonte da AICEP referiu que não estão reunidas “as condições para a realização dos estágios INOV Contacto, cujo objetivo de proporcionar uma experiência em contacto real de trabalho prevê a integração em equipas multidisciplinares e nas estruturas físicas das entidades de acolhimento, as quais se encontram neste momento fortemente condicionadas”.
O objetivo da AICEP é “dar continuidade a esta iniciativa logo que existam condições de segurança sanitária, de mobilidade e permanência nos países por parte dos participantes”.
Até lá, os potenciais candidatos interessados em participar na próxima edição do programa podem registar-se online, passando a receber informações sobre a evolução da situação e as datas de um novo período de candidaturas.
Para a próxima edição do INOV Contacto estão previstos 200 estágios, “que podem realizar-se em qualquer parte do mundo, de acordo com as preferências e oferta de formação por parte das entidades que se venham a inscrever para o acolhimento dos mesmos”.
Segundo a AICEP, “nenhuma área geográfica é excluída, desde que garantidas as condições de segurança sanitária e não se verifiquem conflitos que comprometam a paz social”.
Em relação à edição anterior, que arrancou em janeiro de 2020 - um mês após ter sido detetado o novo coronavírus em Wuhan, uma cidade do centro da China -, esta foi “mantida dentro dos moldes possíveis e concretizou-se com resultados bastante positivos”.
Integraram esta edição 204 estagiários, com idade média de 25 anos (56% Feminino e 44% Masculino), que foram distribuídos geograficamente por 31 países em 172 entidades nacionais e estrangeiras.
Devido à pandemia, e conforme a Lusa divulgou há um ano, foi necessário suspender e realocar os estagiários inicialmente previstos para o continente asiático (China continental, Macau e Camboja), bem como os estagiários que se encontravam a aguardar a partida para os Estados Unidos e que deixaram de o poder fazer devido ao fecho do espaço aéreo aos cidadãos oriundos do espaço Schengen.
De acordo com a AICEP, entre meados de março e o final de abril de 2020 regressaram a Portugal 72 estagiários, a seu pedido, tendo tido o apoio da organização do programa para tal. Alguns destes estagiários “retornaram mais tarde ao país de destino para terminar o estágio”.
A pandemia levou ainda à reconversão, sempre que viável, da experiência para o modelo de teletrabalho, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Apesar deste “enquadramento adverso”, concluíram o estágio com sucesso 188 jovens licenciados, registando-se uma taxa de oferta de trabalho pós estágio, pelas entidades de acolhimento, de 47%.
A AICEP considera que “vai levar algum tempo até que a normalidade dos estágios pré-pandemia possa ser alcançada”.
Até lá, esta agência vai “explorar e avaliar a melhor forma de readaptar o programa às novas realidades”.
Os estágios profissionais no âmbito do INOV Contacto decorrem em qualquer parte do mundo, durante seis a nove meses, durante os quais os jovens desenvolvem as suas competências no mercado internacional e as entidades usufruem de um capital humano altamente qualificado para impulsionar o seu negócio.
Este programa já promoveu mais de 5.800 estágios em dezenas de países, envolvendo mais de mil entidades.
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