“No que toca aos testes de despistagem, recomenda-se dar prioridade aos profissionais de saúde e pacientes hospitalizados, bem como aos idosos que apresentam problemas crónicos”, indica o executivo comunitário em informação hoje divulgada.
Em causa estão as recomendações hoje adotadas pelos ministros da Saúde da União Europeia (UE) e que foram criadas por um comité de especialistas nomeado pelo executivo comunitário e em parceria com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças para fazer face à pandemia de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Nessas diretrizes, publicadas no ‘site’ da Comissão Europeia, o executivo comunitário admite que “a situação difere de Estado-membro para Estado-membro”, mas sugere que todos “hierarquizem os testes por ordem decrescente de prioridade”, ou seja, que se comece por fazer despistagem aos “pacientes hospitalizados com infeções respiratórias agudas graves”.
Seguem-se testes ao pessoal médico, para “se poder tomar decisões sobre a sua exclusão ou sobre regresso ao trabalho”, e a despistagem em pacientes em ambulatório com infeções respiratórias graves ou doenças semelhantes à gripe.
Só depois surgem os testes aos idosos com complicações de saúde (como doença pulmonar, cancro, insuficiência cardíaca, doença cerebrovascular, doença renal, doença hepática, hipertensão, diabetes e com sinais de doença respiratória aguda), que “podem precisar mais rapidamente de suporte respiratório”, segundo as recomendações.
As diretrizes ditam ainda que, “se a epidemia for local e os recursos permitirem”, o teste é recomendado a todos os pacientes com infeção respiratória”.
Nestas recomendações, Bruxelas apela, também, à adoção de medidas para não sobrecarregar os hospitais, sugerindo o recurso à tecnologia para utilização de aplicações móveis e consultas ‘online’, o adiamento de cirurgias não urgentes e a mobilização de todo o pessoal de saúde (qualificado ou em formação).
Além disso, “a proteção dos profissionais de saúde deve permanecer a principal prioridade dado que eles estão na linha de frente”, vinca a Comissão Europeia.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.
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