Para já, sabe-se que a idade, a apresentação de sinais de sépsis – infeção generalizada – e, problemas de coagulação do sangue durante o internamento, tensão alta e diabetes são fatores-chave de maior risco de morte, segundo um estudo publicado esta semana na revista Lancet.

De acordo com investigadores da Escola de Saúde Pública da universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, as pessoas infetadas podem estar cinco dias sem sintomas, que na maioria dos casos acabam por surgir 12 dias após a infeção.

Da China, onde começou a pandemia que já fez mais de 8.000 mortos em todo o mundo, já se descobriu que o novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, pode sobreviver no ar por pelo menos 30 minutos e contagiar alguém a 4,5 metros, ou seja, mais do que a "distância segura" recomendada pelas autoridades de saúde de todo o mundo.

Estudos de epidemiologistas revelam que o vírus pode "durar dias" em superfícies onde tenham caído gotículas infetadas: por exemplo, a cerca de 37 graus Celsius o vírus pode sobreviver entre dois e três dias em materiais como vidro, tecido, metal, plástico ou papel.

Para chegar a uma vacina, já começaram em Seattle, nos Estados Unidos, os primeiros testes clínicos em humanos, com 45 voluntários a experimentarem a potencial vacina.

Oitenta milhões de euros é a verba de que os laboratórios da empresa alemã Curevac poderão dispor para trabalhar numa nova vacina, segundo o compromisso assumido na terça-feira pela Comissão Europeia.

No Canadá, a empresa MEdicago espera começar até ao verão testes clínicos em humanos de uma nova vacina, depois de ter chegado a uma partícula semelhante ao vírus com uma técnica que usa a planta do tabaco como viveiro para criar uma vacina.

Em Itália, a entidade nacional do medicamento vai começar a testar em pessoas doentes com Covid-19 um fármaco usado para a artrite reumatoide, que tem sido eficaz para as dificuldades respiratórias mais agudas.

Na Islândia, o genoma de cerca de 5.000 pessoas vai ser analisado para se tentar perceber como o novo coronavírus se espalhou pela ilha, onde 76 pessoas foram infetadas e ainda nenhuma morreu.

Investigadores das universidades do Porto e do Minho apelaram ao Governo português para partilhar “com urgência” dados mais detalhados sobre todos os casos suspeitos ou confirmados.

Em declarações à Lusa, Carlos Oliveira, também antigo secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, afirmou que existem “milhares de investigadores” no país disponíveis para ajudar no “combate” à Covid-19, mas que tal só será possível se tiverem “acesso à matéria prima”: microdados pseudo-anonimizados.

Na Austrália, uma equipa científica descobriu que o sistema imunitário humano combate a Covid-19 de forma semelhante ao que acontece com a gripe.

A investigação, baseada numa amostra de sangue de uma mulher de 47 anos infetada em Wuhan, a cidade do centro da China onde surgiu o novo coronavírus, que acabou por conseguir curar-se da doença.

Na China, os cientistas já descreveram a estrutura de uma proteína chamada 'ACE2' que o coronavírus usa para entrar nas células humanas, o que poderá ajudar a criar novos medicamentos antivirais.

Investigadores da Universidade de Valência, em Espanha, também já chegaram à sequência genética do vírus e concluíram que desde que apareceu, não houve nenhuma mutação que o tivesse tornado mais contagioso ou mortífero.

O investigador português Miguel Bastos Araújo, da Universidade de Évora, apontou uma relação entre o clima e o novo coronavírus, indicando que a maior parte dos casos acontece em áreas secas e com temperaturas frescas, com temperaturas entre os seis e dez graus centígrados.

Outro estudo, publicado na revista norte-americana JAMA, revelou que as pessoas infetadas com o novo coronavírus contaminam principalmente quartos e casas de banho, evidenciando a necessidade de limpeza das superfícies, onde o vírus não consegue sobreviver se forem desinfetadas pelo menos duas vezes por dia.