Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto douro (UTAD), em Vila Real, anunciou a suspensão da atividade letiva presencial entre hoje e 27 de março, e recomendou aos estudantes instalados nas residências o regresso temporário ao seu domicílio.

A academia transmontana justificou esta tomada de decisão com o “clima de incerteza e de alarme social instalado”, devido à pandemia de Covid-19, que “tem vindo a afetar o normal funcionamento da universidade”.

Desta forma, e depois de ouvidas as escolas e a equipa coordenadora do Plano de Contingência Covid-19 da UTAD, a reitoria informou, em comunicado divulgado esta noite, que foi “determinada a suspensão da atividade letiva presencial”.

Esta medida estará em vigor desde hoje, dia 12, até 27 de março.

A academia referiu ainda que “está assegurada a continuidade do processo de ensino e aprendizagem, mediante a implementação pelas escolas de instrumentos alternativos de ensino, bem como a continuação do apoio aos estudantes, mantendo em funcionamento a cantina Além Rio e de apoio ao campus, designadamente os bares do complexo laboratorial e do polo I da Escola de Ciências Humanas e Sociais”.

A UTAD recomendou também aos estudantes que se encontram instalados nas residências “a possibilidade de regressar temporariamente ao seu domicílio, devendo fazê-lo, minimizando os contactos interpessoais e respeitando sempre as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)".

A universidade decidiu ainda suspender o funcionamento de bibliotecas e salas de estudo, das atividades desportivas e outras promovidas por entidades externas no campus.

A UTAD apelou a “todos os membros da comunidade universitária que se mantenham ativos nas suas funções e assumam uma posição serena e responsável, contribuindo para que a universidade lide da melhor forma com a crise que agora se enfrenta”.

Já no início da semana, a UTAD anunciou que decidiu suspender eventos e atividades desportivas da responsabilidade da academia, bem como as deslocações em serviço para países afetados pelo novo coronavírus.

Em Vila Real, na quarta-feira, realizou-se uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil que, no final, afirmou “a importância de não serem adotadas medidas avulsas, descontextualizadas do que são as instruções nacionais de coordenação do processo, nomeadamente as imanadas pela DGS”.

A comissão reiterou a “importância dos cidadãos e suas organizações cumprirem com determinação as instruções que estão a ser disseminadas pelas autoridades nacionais de coordenação, nomeadamente as medidas de higiene e etiqueta respiratória para reduzir a exposição e transmissão da doença”.

Universidade do Algarve

A Universidade do Algarve (UAlg) anunciou a suspensão de todas as atividades letivas presenciais com efeitos a partir de hoje e até ao dia 27 de março, para evitar a propagação do surto de Covid-19.

Em comunicado enviado à comunicação social na quarta-feira à noite, a instituição refere que, face ao agravar da evolução da pandemia, e “para acautelar a saúde e segurança da comunidade académica, mostra-se necessário tomar medidas excecionais e adicionais ao Plano de Contingência da UAlg para a Covid-19”.

No documento, assinado pelo reitor da academia algarvia, Paulo Águas, é anunciado que as unidades orgânicas irão implementar, com caráter de urgência, “meios de ensino a distância, sempre que possível”.

Estão também suspensos todos os eventos, atividades desportivas e culturais nas instalações da UAlg, todas as deslocações em serviço – mesmo as previamente autorizadas - e as reuniões de júris de concursos na forma presencial, até nova decisão.

A universidade assegura a “continuação do funcionamento das residências e cantinas”, para garantir “o estrito apoio aos estudantes da UAlg, sempre que estes não possam regressar às suas residências”.

Até à presente data, na UAlg, “desconhecem-se quaisquer casos confirmados ou suspeitos” da doença Covid-19.

O reitor assegura que a Universidade do Algarve tem seguido as recomendações das autoridades de saúde e que estas medidas “poderão ser ajustadas ou complementadas por outras, conforme as circunstâncias exigirem”, apelando a todos os membros da comunidade académica para que, “com serenidade e sem alarmismo, sigam estas recomendações”.

ISCTE

As aulas presenciais no ISCTE, em Lisboa, estão suspensas a partir de hoje e "devem ser substituídas por modalidade de ensino à distância" com início na segunda-feira, devido à propagação da pandemia da doença Covid-19.

De acordo com um comunicado divulgado pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, a partir de hoje "deixam de ser dadas aulas presenciais" que "devem ser substituídas por modalidades de ensino à distância, de 16 de março em diante, e no mais curto prazo de tempo possível".

O ISCTE acrescenta que, "qualquer que seja a modalidade de ensino à distância escolhida, devem ser asseguradas as horas de contacto coletivo previstas para cada unidade curricular".

A instituição realça que "o tempo de interrupção necessário à transição das aulas presenciais para o ensino à distância" vai ser compensado através do prolongamento do calendário letivo.

A nota explicita também que está "encerrado o acesso aos espaços da biblioteca", mas ainda vai ser possível requisitar livros, "em moldes a comunicar pelos serviços da biblioteca".

O acesso a espaços laboratoriais "pode continuar a garantir-se", mas segundo "regras a estabelecer" por cada faculdade, assim com a sala de estudo, que vai estar condicionado "a um número reduzido de alunos por sala".

A Organização Mundial de Saúde declarou ontem a doença como pandemia, tendo em conta os "níveis alarmantes de propagação e inação".

A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.