“Não é preciso entrar em pânico, não há aqui nada de muito novo, mas eu percebo que, nos países que estão com problemas [com a pandemia], faça parte dos confinamentos limitar também as entradas e saídas”, afirmou à Lusa o especialista, no dia em que o Governo britânico anunciou que vai suspender ligações aéreas de Portugal para Inglaterra para tentar impedir a entrada da estirpe brasileira do SARS-CoV-2.

Segundo o especialista, em princípio, esta nova variante, que ainda não foi detetada em Portugal, “não é mais perigosa em termos de capacidade de produção da doença”, sendo necessário “aferir se ela se dissemina melhor”.

A estirpe brasileira do novo coronavírus não foi detetada em Portugal, garantiu à Lusa o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que tem a decorrer desde março um estudo sobre as variantes do SARS-CoV-2.

“É bom ter alguma cautela e tempo para estudar essa variante do Brasil para ver se o impacto que esta mutação tem melhora a disseminação”, salientou Pedro Simas, para quem está provado que os “confinamentos funcionam, independentemente das variantes” do vírus.

Na proteção contra a infeção grave, “não são importantes apenas os anticorpos”, mas também a imunidade celular, o que faz com que o impacto das variantes conhecidas na eficácia das vacinas possa não ser “muito preponderante”.

“As mutações que afetam os anticorpos não são necessariamente as mesmas que afetam a imunidade celular, porque o processo é diferente”, explicou.

O virologista referiu ainda que Portugal, através do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), é o terceiro país do mundo, atrás do Reino Unido e da Dinamarca, que mais contribui para a investigação em tempo real das mutações do vírus, informação que é partilhada a nível global.

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