“Informamos que, por motivo de greve convocada pelo para o período compreendido entre as 00:00 do dia 10 de março de 2023 e as 23:59 do dia 17 de março de 2023, preveem-se perturbações na circulação, com especial impacto no dia 10 de março [sexta-feira], para o qual foram decretados serviços mínimos”, indica a CP, numa nota enviada aos clientes.
A empresa explica que, entre sábado e a sexta-feira da próxima semana, está prevista a “realização da maioria dos serviços regulares”, alertando, porém, que “alguns comboios poderão ser suprimidos”.
Lamentando os “incómodos causados”, a CP disponibiliza na sua página na internet uma lista com os comboios previstos tanto para esta sexta-feira como para os dias seguintes, adiantando que os clientes que já compraram bilhetes para viajar nos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional poderão solicitar reembolso do valor total ou troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe.
Estes reembolsos devem ser feitos através da página de cliente da CP (para bilhetes comprados ‘online’ ou através da aplicação móvel) até 15 minutos antes da partida do comboio da estação de origem ou nas bilheteiras.
Os maquinistas da CP convocaram uma nova greve de 24 horas para a próxima sexta-feira, tendo sido decretados serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, avançou o sindicato.
Em declarações à Lusa, António Domingues, do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) explicou que os profissionais decidiram convocar uma paralisação total no dia 10 de março, tendo o tribunal arbitral decretado 30% de serviços mínimos.
Ainda assim, “haverá constrangimentos a 09 e 11 de março por força da greve do dia 10”, sendo que isso irá resultar em comboios suprimidos, mas o impacto “será reduzido”. A decisão do tribunal arbitral prevê também alguns comboios de serviços mínimos nesses dias.
Depois disso, e até ao dia 18 de março, os maquinistas não irão realizar serviços que durem mais de 7,30 horas, o que não terá um impacto elevado, mas deverá originar algumas supressões, destacou o dirigente sindical.
O tribunal arbitral decretou ainda serviços mínimos no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações bem como de serviços de emergência e comboios de socorro.
A greve do SMAQ mantém os fundamentos das paralisações de fevereiro, com os maquinistas a contestarem os aumentos salariais propostos pela CP e questões específicas da sua categoria profissional, como condições de trabalho e o cumprimento do acordo de empresa.
Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.
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