Desde as 08:40 (hora de Lisboa) que a linha da Beira Alta está cortada junto ao túnel de Coval, em Mortágua, devido ao descarrilamento de um comboio intercidades que ligava a Guarda a Lisboa, sem registo de feridos entre os 71 passageiros e três tripulantes.

Com a linha cortada, a CP indicou, em comunicado, que assegurará o transbordo dos passageiros nesse troço em autocarros até que haja a reposição da circulação dos comboios, não havendo hora prevista para isso acontecer.

“A linha da Beira Alta continua interrompida, estando a decorrer trabalhos sob coordenação da Infraestruturas de Portugal, e, até à reposição das condições de circulação, a CP realizará transbordo rodoviário entre Santa Comba Dão e Mortágua, a todos os comboios com origem e destino nesta linha”, lê-se na informação divulgada.

A empresa diz ainda que “lamenta os transtornos decorrentes deste acidente e envidará todos os esforços para minimizar o efeito destas perturbações nas viagens dos seus clientes”.

Ao longo do dia de hoje, segundo fonte oficial da CP, estão previstos circular 14 comboios na linha da Beira Alta.

Quanto aos passageiros que seguiam no comboio que descarrilou, foram levados de autocarro para Coimbra e aí apanharam um comboio para Lisboa, disse à Lusa fonte oficial da CP.

O presidente da Câmara de Mortágua, Júlio Norte, disse à Lusa que foi um deslizamento de terras devido à chuva dos últimos dias que causou o descarrilamento do comboio.

“O acidente não teve a ver com as obras” em curso nalguns troços da Linha da Beira Alta, acrescentou, frisando que, na sequência dos incêndios de 15 outubro de 2017, os taludes da linha e as encostas na zona estão desprovidos de vegetação, o que “tende a provocar deslizamentos” que arrastam terra, pedras e troncos.

O sábado “foi um dia em que choveu bastante”, realçou o autarca.