“O exército israelita continua deliberadamente a lançar mísseis nas imediações do hospital al-Quds para forçar o pessoal médico, os deslocados e os pacientes a saírem do hospital”, afirmou a organização num comunicado.
O Crescente Vermelho esclarece que, além dos doentes, aquele complexo hospitalar está a abrigar cerca de 14.000 pessoas, que procuram refúgio para se protegerem dos ataques israelitas.
Em declarações à agência France-Presse, o diretor daquele hospital, Bachar Mourad, revelou que hoje as equipas médicas receberam por duas vezes “sérias ameaças” de Israel para evacuarem a unidade de saúde porque seria bombardeada.
À mesma agência noticiosa, o porta-voz do exército de Israel explicou que foram feitos apelos ao hospital para que as pessoas possam ser retiradas para o sul de Gaza.
Na rede social X (antigo Twitter), o diretor da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, considerou que aquelas ordens de evacuação do hospital al-Quds são “profundamente preocupantes”.
“Voltamos a dizer que é impossível evacuar hospitais cheios de pacientes sem colocar as suas vidas em perigo”, afirmou.
Israel tem acusado o Hamas de utilizar hospitais para esconder armamento ou combatentes, embora o grupo islamita palestiniano o tenha negado.
O Ministério da Saúde de Gaza, que é gerido pelo Hamas, já contabilizou 57 ataques a instalações médicas desde 7 de outubro, o dia em que o grupo islamita atacou Israel, provocando a morte de mais de 1400 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades.
Desde 7 de outubro, mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então. Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Desde o início da guerra, mais de oito mil pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.
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