A responsável vincou que esta situação deve ser encarada como um "alerta", considerando a necessidade do apoio do Estado para a reconstrução das zonas afetadas pelos incêndios do passado domingo, que provocaram a morte de 43 pessoas.
"Não é bom sinal ver que, passado um ano do incêndio aqui na Madeira, continuamos à espera das verbas prometidas e que ainda não chegaram", disse Assunção Cristas, sublinhando que “isso significa que tem de se ter um alerta máximo na fiscalização do Governo nesta matéria", uma vez que "não se comportou bem".
A líder centrista recordou que o executivo de António Costa prometeu 17 milhões de euros para a reconstrução da ilha, particularmente do concelho do Funchal, após os incêndios de agosto de 2016, que provocaram a morte de três pessoas e avultados prejuízos materiais.
"Um ano depois, o reporte que me foi dado é que muito pouco chegou, cerca de 80 mil euros, talvez já um pouco mais", disse, enfatizando que a diferença de valores é "muito grande".
Assunção Crista reforçou, por outro lado, que a moção de censura ao Governo apresentada pelo seu partido se justifica porque o Estado e o executivo "falharam fortemente" no caso dos incêndios de Pedrógão Grande e do passado fim de semana.
"Se a morte de mais de cem pessoas, com dois episódios repetidos com uma distância de quatro meses, onde se provou falha do sistema, comandado e dirigido pelo Governo, se isso não é razão para uma moção de censura, então tenho de vos dizer que não há mais nenhuma razão válida no nosso país para censurar o Governo", realçou.
A líder do CDS-PP deslocou-se ao concelho de Santana, no norte da ilha da Madeira, para assistir à tomada de posse do presidente da Câmara Municipal, Teófilo Cunha, que reforçou a maioria absoluta nas eleições de 01 de outubro e é o único autarca centrista a liderar um município na região autónoma.
Assunção Cristas destacou o "contributo significativo" que o CDS-PP/Madeira deu para o "bom resultado" nacional e vincou que o partido está a crescer um pouco por todo o país e com "muita vontade" de se afirmar como uma "grande alternativa" de centro-direita em Portugal.
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