"Este abrandamento significa que temos de dar estímulos e dar condições para que a economia possa prosseguir e crescer de forma duradoura", disse a dirigente centrista aos jornalistas, numa visita a uma empresa de transportes de longo curso nas Meirinhas, no concelho de Pombal, distrito de Leiria.

Assunção Cristas referiu que há "uma certa sensação de abrandamento notório neste tipo de transporte, com grandes camiões, que sensivelmente fazem metade do trabalho de exportações e importações".

Depois da visita à central da Transportes Central Pombalense, a dirigente disse que esta empresa "sente já alguma desaceleração nas nossas exportações e também alguma coisa nas importações, o que é uma grande preocupação para o CDS".

A presidente centrista considera que é "preciso baixar impostos que impactam diretamente nas famílias e nas empresas", sobretudo o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), o Imposto sobre Rendimentos de pessoas Coletivas (IRC), tributações autónomas e Imposto sobre Rendimentos Singulares (IRS).

O Governo "não tem tido essa preocupação e é por isso que nós dizemos, com muita clareza, que é preciso baixar impostos que impactam diretamente nas famílias e nas empresas", disse.

A líder do CDS-PP voltou a exigir a redução do ISP, "que é o maior saque fiscal que assistimos deste Governo, o IRC, que devia estar a 17%, as tributações autónomas que penalizam as pequenas e médias empresas, e poder desagravar o IRS".

"Olhando para a coesão do país e para o interior do país e pensamos que também podemos diminuir os impostos e criar um verdadeiro estatuto de beneficio fiscal para o interior, coisa que o CDS já apresentou", frisou.

Para Assunção Cristas, o caminho "não pode ser com a carga fiscal ao nível que temos hoje em dia e eu relembro que [Mário] Centeno não faz milagres e António Costa engana todos quando diz que tem resultados sem austeridade".

"Não é verdade. Os resultados que este Governo alcançou foram com a carga fiscal máxima. O Estado arrecada para os seus cofres aquilo que nunca arrecadou e isso significa que as pessoas têm menos dinheiro disponível", sublinhou.