Com esta forte aceleração elevou-se para 3.873 o número total de mortes desde o início da pandemia no país.

Os Estados Unidos também são, de longe, o país do mundo com o maior número de casos registados (188.172), registando nas últimas 24 horas mais 24.743 pessoas infetadas, ainda de acordo com a universidade, que atualiza continuamente os dados.

O número recorde de mortes em 24 horas foi observado a 27 de março na Itália (969 mortes).

Em declarações à imprensa esta terça-feira, Donald Trump antecipou duas semanas "muito dolorosas" ao norte-americanos.

"Vamos passar por duas semanas muito difíceis", disse o presidente. Trump descreveu a pandemia do novo coronavírus como "uma peste".

"Eu quero que todos os americanos estejam prontos para os dias difíceis que se aproximam", afirmou num tom grave, prevendo que no final desse período seja possível "começar a ver uma luz ao fundo do túnel".

Trump, que antes havia comparado o covid-19 a uma gripe comum, assume agora que se trata de algo bem mais grave.

Trump disse em conferência de imprensa que "muitas pessoas" lhe sugeriram que o país devia deixar o novo coronavírus seguir o seu curso, assim como a gripe sazonal.

"Resista, não faça nada, apenas resista e pense que é a gripe", disseram, de acordo com Trump, que agora tem outra leitura da situação: "Não é gripe. É algo cruel".

Estas declarações do presidente contrastam com as inúmeras vezes em que argumentou recentemente que a pandemia era comparável à propagação da gripe sazonal. Trump chegou a questionar a necessidade de fechar a economia dos Estados Unidos e de adotar medidas de distanciamento social e proibir viagens.

Há apenas uma semana, Trump observou à Fox News que, apesar da morte de uma média de 36.000 pessoas por ano, "nunca se fechou o país por causa da gripe". Agora moderou o tom e mudou de perspectiva sobre este surto.

A Casa Branca estima que a doença matará entre 100.000 a 240.000 pessoas se as restrições atuais forem cumpridas, em comparação com as 1,5 a 2,2 milhões de mortes que ocorreriam se nenhuma ação fosse tomada.

Trump assumiu ainda estar a ponderar proibir viagens do Brasil rumo aos EUA, onde o seu aliado, o presidente Jair Bolsonaro, tem desprezado os perigos que o novo coronavírus representa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 452 mil infetados e mais de 29.900 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 12.428 mortos em 105.792 mil casos confirmados.

*Com agências