O principal fornecedor de energia na Ucrânia, DTEK, indicou em comunicados separados, citados pela agência France Presse (AFP), que estes cortes dizem respeito às regiões de Dnipropetrovsk, no centro-sul do país, e de Donestk, no leste.
A DTEK não precisou o número de pessoas afetadas por estas restrições.
Nas regiões de Sumy, no nordeste da Ucrânia, e de Poltava, no centro, também foram decretadas medidas de emergência no corte de energia, segundo as autoridades regionais.
A Ucrânia já tinha imposto cortes de energia em várias regiões na sexta-feira, tendo apelado ao Ocidente que ajude o país a enfrentar os ataques “bárbaros” das forças russas, que naquele dia causaram danos em três centrais elétricas.
Hoje de manhã, o Ministério da Energia ucraniano indicou que alguns cortes foram levantados, especificando que as restrições energéticas se mantiveram em vigor para 120 mil utilizadores na região de Kharkiv, no leste do país, devido aos “danos consideráveis” nas infraestruturas locais.
Na sexta-feira, a Ucrânia acusou a Rússia de ter disparado 99 ‘drones’ (aparelhos não tripulados) e mísseis contra o seu território, 84 dos quais terão sido destruídos pelo sistema de defesa ucraniano.
Moscovo intensificou os seus ataques aéreos contra a Ucrânia nas últimas semanas, visando sobretudo as infraestruturas energéticas, em resposta aos ataques ucranianos nas regiões fronteiriças russas.
No total, dez regiões foram alvo de ataques na Ucrânia, e seis pessoas, entre as quais uma criança, morreram nessas incursões, segundo o Governo ucraniano.
A Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, depende da ajuda do Ocidente em armamento para fazer frente às tropas russas.
Kiev lançou uma contraofensiva no verão com resultados modestos, que atribuiu ao atraso na chegada de armamento, e tem criticado as hesitações de alguns países no envio de armas.
Moscovo respondeu à contraofensiva com um aumento dos ataques contra a Ucrânia nos últimos meses.
A ofensiva militar russa na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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