A zona da cidade está atualmente vazia, depois de os militares israelitas se terem retirado hoje de manhã, após uma semana de operações militares.
Num comunicado divulgado pelo diário Filastin, próximo do Hamas, a Defesa Civil de Gaza denuncia a existência de “famílias inteiras martirizadas” sob os escombros na sequência dos bombardeamentos do exército israelita em apoio às suas forças terrestres.
As operações de salvamento em Tal al-Hawa começaram de madrugada, depois de os serviços de emergência terem confirmado a retirada dos militares do bairro.
No entanto, algumas partes do bairro continuam inacessíveis, uma vez que várias unidades de franco-atiradores israelitas ainda se encontram nas proximidades.
Em declarações ao Palestine Chronicle, o porta-voz da Defesa Civil palestiniana, Mahmoud Basal, informou que as suas tropas tinham descoberto “corpos carbonizados” e provas de que as forças israelitas tinham aberto fogo contra “pessoas que apenas procuravam comida”.
O exército israelita não comentou estas alegações.
Quinta-feira, a Defesa Civil da Faixa de Gaza também descobriu corpos de 60 outros palestinianos sob os escombros de vários edifícios mas no bairro de Shujaiya, também na cidade de Gaza, de onde o exército israelita anunciou ter-se retirado quarta-feira após duas semanas de ofensiva militar.
Segundo a Defesa Civil, “85% dos edifícios [do bairro de Shujaiya] estão agora inabitáveis”, e todas as infraestruturas foram “demolidas”.
Na quarta-feira à noite, o exército israelita anunciou que tinha “concluído” a ofensiva em Shujaiya, palco de violentos combates desde 27 de junho, que obrigaram dezenas de milhares de pessoas a fugir.
O exército israelita reivindicou ter desmantelado oito túneis e abatido “dezenas de terroristas”.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada a 7 de outubro de 2023 por um ataque sem precedentes do movimento islamista palestiniano em solo israelita.
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