“Hoje estamos a fazer história”, afirmou a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, citada pela agência Associated Press, depois da votação dos artigos da acusação no processo de destituição de Donald Trump.
O líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, afirmou, citado pela France-Presse, que o julgamento do ‘impeachment’ do chefe de Estado dos EUA vai começar “genuinamente” na terça-feira, dia 21.
O julgamento do processo de destituição de Donald Trump vai ser conduzido pelo presidente do Supremo Tribunal da Justiça dos EUA, John Roberts, mas vão ser os senadores a atuar como juízes, perante os advogados escolhidos pelo chefe de Estado norte-americano.
Donald Trump é acusado de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para investigar a atividade do filho do seu adversário político Joe Biden junto de uma empresa ucraniana envolvida num caso de corrupção, num gesto que a Câmara de Representantes diz constituir um ato de abuso de poder, bem como de ter tentado obstruir a averiguação destes factos por parte do Congresso.
Em 18 de dezembro, a maioria democrata na Câmara de Representantes aprovou dois artigos de destituição com base nestas acusações, tornando Donald Trump o terceiro Presidente norte-americano a ser sujeito a um processo de ‘impeachment’, depois de Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998.
Os democratas têm adiado o processo, mas Trump será agora julgado politicamente no Senado, onde será preciso uma maioria de 2/3 dos votos para levar à sua remoção do cargo de Presidente, um cenário improvável perante o controlo dos republicanos na câmara alta do Congresso.
Os democratas pedem que haja novas testemunhas no julgamento político, incluindo o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton, que já se mostrou disponível para depor no Senado, e o chefe de gabinete de Trump, Mick Mulvaney.
Contudo, o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, já disse que se recusa a aceitar novas testemunhas no processo, que pretende seja resolvido de forma rápida, pedindo a união dos senadores do seu partido para agilizarem a rejeição dos artigos de destituição.
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