O envio de caças para a Ucrânia, para ajudar a reter as investidas da Rússia, que invadiu aquele país em fevereiro do ano passado, desde sempre que foi polémico. Os aliados do governo de Volodymyr Zelensky hesitaram no pedido do Presidente da Ucrânia durante muito tempo, mas o primeiro fumo branco surgiu esta semana.

O primeiro país a confirmar o envio de caças foi a Polónia, que desde sempre assumiu a 'liderança' nos países que pouco hesitaram no auxílio à Ucrânia, com quem faz fronteira. Depois de algumas promessas, já esta semana o presidente polaco, Andrzej Duda, salientou que "nos próximos dias" chegarão à Ucrânia quatro Mig-29.

Nas últimas horas, Volodymyr Zelensky recebeu mais boas notícias, agora vindas da Eslováquia. Este país aliado irá juntar 13 Mig-29 aos que a Polónia irá enviar, totalizando assim 17 caças na ajuda à Ucrânia.

O presidente da Ucrânia, refira-se, desde há muito que pediu este tipo de armamento, já depois de ter garantido o envio de tanques, por parte dos aliados - nove países vão fazer chegar mais de 150 unidades Leopard 2. No entanto, a grande maioria dos aliados tem recuado neste pedido.

O principal país (e provavelmente o que faz muitos outros hesitarem) a recusar o envio tem sido os EUA. A Ucrânia pediu caças F-16 fabricados pelos norte-americanos, mas a verdade é que Joe Biden já negou vários pedidos. A justificação dada foi que "levaria muito tempo a treinar os pilotos ucranianos, e a manutenção e a logística seriam muito complicadas de administrar durante um conflito".

Resta agora saber se, perante a decisão de Polónia e Eslováquia, outros países avançarão com o envio dos caças há muito desejados por Volodymyr Zelensky. A Finlândia, dizem os especialistas, poderá ser o próximo a fazê-lo e caso a Turquia ratifique a adesão desde país à NATO, nesta sexta-feira, a decisão deverá ser célere.