O indicador refletiu os efeitos da pandemia no mercado laboral brasileiro, já que a população ocupada teve uma queda recorde de 5,2%, em relação ao trimestre encerrado em janeiro, representando uma perda de 4,9 milhões de postos de trabalho, que foram reduzidos a 89,2 milhões.

A taxa de informalidade, pessoas que trabalham sem contrato e de forma independente, chegou a 38,8% da população ocupada, o que representa um contingente de 34,6 milhões de trabalhadores, o menor da série histórica iniciada em 2016.

O IBGE também informou que o número de funcionários com contrato de trabalho que atuam no setor privado também registou uma queda recorde de 4,5% em relação ao trimestre anterior e de 2,8% em relação ao mesmo trimestre no ano de 2019.

A analista da pesquisa do IBGE Adriana Beringuy explicou que isto aconteceu porque os efeitos da pandemia foram sentidos, tanto entre os informais, quanto entre trabalhadores com contrato de trabalho.

“Dos 4,9 milhões de pessoas a menos na ocupação, 3,7 milhões foram de trabalhadores informais. O emprego com carteira assinada no setor privado teve uma queda recorde também. A gente chega em abril com o menor contingente de pessoas com carteira assinada [contrato formal de trabalho], que é de 32,2 milhões”, explicou a analista do IBGE.

O Brasil registou o primeiro caso do novo coronavírus em 26 de fevereiro e medidas de isolamento social começaram a ser adotadas em maior ou menor grau nos 27 estados do país. Atualmente, o país tem 411.821 casos confirmados e 25.598 mortes provocadas pela doença.

Os analistas esperam que os efeitos da crise provocada pela covid-19 devem ser sentidos com mais força no segundo trimestre do ano.

Para este ano, o Governo brasileiro espera uma queda de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB), principalmente sobrecarregada pela indústria e pelo comércio, embora algumas organizações projetem uma contração muito maior devido aos efeitos da crise do novo coronavírus.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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