Consultado o relatório de dados complementares à proposta da lei do Orçamento do Estado para 2025, o Jornal de Notícias avança que a diferença de rendimentos entre homens e mulheres, nos salários e nas pensões, diminuiu no último ano.
Em dezembro de 2023, os trabalhadores declararam, em média, 1513,79 euros, um crescimento de 6,2% face ao mesmo mês de 2022. No caso dos homens o aumento foi de 5%, enquanto no caso das mulheres foi de 7,4%.
Com base nas declarações remuneratórias de 5,3 milhões de contribuintes por conta de outrem e independentes, concluiu-se que o salário médio dos homens no ano passado era de 1654,23 euros e das mulheres era de 1354,35 euros, ou seja, menos 300 euros.
Por sua vez, em dezembro de 2023, o valor médio da pensão de velhice do regime geral foi de 569,53 euros, um aumento de 31,3% na última década e de 9,5% no último ano. No caso das novas reformas, o valor médio era de 462,05 euros, em 2013, e de 644,59 euros em 2023.
Entre homens e mulheres, a disparidade do valor médio das pensões diminuiu 1,3%. “Em 2013, a pensão média auferida pelas mulheres era de 61,9% da pensão auferida pelos homens e, em 2023, essa percentagem passou para os 63,2%”, lê-se no documento.
Em declarações ao JN, Elisabete Brasil, presidente da Feministas em Movimento (FEM), explica que “no setor público, por via da legislação, a situação tem vindo a ser melhorada, mas no setor privado ainda não”.
A líder da FEM acrescenta que, apesar da melhoria dos números, permanece “a sobrrerepresentação das mulheres em profissões de salários baixos, como as da assistência social, e a sub-representação do mesmo género em setores de salários altos, como os tecnológicos e engenharias”.
Já Carla Tavares, presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), acredita que a diminuição da desigualdade nos salários pode dever-se à nova lei que, em 2023, obrigou as empresas a apresentarem e aplicarem “os planos de correção das diferenças”.
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