“As detenções continuam em curso”, precisou o chefe do departamento antiterrorista do Ministério Público, numa altura em que decorre uma operação policial para localizar o homem, que, na terça-feira, disparou sobre várias pessoas, causando pelo menos dois mortos e 14 feridos.
“Foram feitas várias ações durante a noite em locais que o suspeito costumava frequentar”, acrescentou o magistrado.
Segundo o procurador, várias testemunhas terão ouvido o suspeito gritar “Allah Akbar” (Deus é grande) antes de começar a disparar.
“Tendo em conta o local, o modo de operar, o perfil e testemunhos recolhidos junto de pessoas que o ouviram gritar ‘Allah Akbar’, o departamento antiterrorista do MP de Paris tomou conta da investigação”, disse.
As forças de segurança montaram uma operação de caça ao homem para tentar deter o autor do ataque, que ficou ferido numa troca de tiros com um soldado antes de abandonar o local.
O Ministério Público francês abriu uma investigação por homicídio e tentativa de homicídio relacionada com uma organização terrorista, assim como por associação terrorista.
O presumível autor do ataque foi identificado como sendo Chérif C., nascido em Estrasburgo, em 1989, e que foi referenciado pelos serviços de informações franceses em 2016, depois de ter passado pela cadeia entre 2013 e 2015.
O Governo francês elevou o nível de alerta no país para “emergência por atentado”, com um reforço de controlo nas fronteiras, aumento de segurança nos mercados de Natal e mobilização de meios envolvidos no dispositivo antiterrorismo.
A cidade de Estrasburgo, localizada no nordeste da França, junto à fronteira com a Alemanha, acolhe a sede do Parlamento Europeu, recebendo sessões plenárias uma vez por mês.
Após várias correções, o mais recente balanço do ataque dá conta de dois mortos e 14 feridos no ataque.
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