No decurso de cerca de 40 buscas, efetuadas nos concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Porto, Vila Nova de Gaia e Sintra, foram detidas seis pessoas indiciadas pela presumível prática de crimes de associação criminosa, branqueamento, fraude fiscal qualificada e venda, circulação ou ocultação de produtos ou artigos contrafeitos.
A dois dos seis detidos são imputados também crimes de falsificação de documentos, auxílio à imigração ilegal e tráfico de estupefacientes.
Em comunicado, a Diretoria do Norte da PJ diz que, durante esta operação, com o nome de código “Albare” e desenvolvida no âmbito de inquérito titulado pelo Ministério Público de Vila do Conde, foram apreendidas 18 viaturas automóveis, a grande maioria de gama alta, cerca de 350 mil euros em notas, equipamentos informáticos e telemóveis, “uma quantidade assinalável de mercadorias contrafeitas ou sem os devidos documentos de suporte fiscal no valor presumível de três milhões de euros”.
Também se apreenderam dezenas de documentos de identificação, passaportes e cartas de condução internacionais presumivelmente falsas, além de variada documentação de natureza contabilística e fiscal.
A operação policial envolveu 300 elementos, incluindo ainda a participação de investigadores da Polícia Judiciária da Diretoria do Centro e das unidades de Braga, Aveiro e Vila Real e a colaboração da Direção de Finanças do Porto da Autoridade Tributária, do Destacamento Territorial de Matosinhos da Guarda Nacional Republicana, da Unidade Regional do Norte da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e da Direção Regional do Norte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
O Jornal de Notícias refere hoje que, no âmbito desta operação, desenvolvida durante o dia de terça-feira, “centenas de polícias” cercaram a zona da Varziela – a chamada “Chinatown” de Vila do Conde -, onde se concentram negócios de pessoas de nacionalidade chinesa.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 34 e os 57 anos, empresários, todos estrangeiros, vão ser presentes às competentes autoridades judiciárias para interrogatório e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
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