Esta é a primeira comemoração oficial da morte de Arafat no enclave palestiniano desde 2007, quando o movimento islâmico Hamas expulsou à força o Fatah de Arafat da Faixa de Gaza.
As duas fações políticas estavam em conflito desde então, mas no mês passado assinaram um acordo de reconciliação negociado pelo Egito, segundo o qual o Hamas deveria ceder o poder civil a Gaza até 01 de dezembro.
Yasser Arafat, que morreu em França em 2004, foi o fundador do Fatah, que dirigiu até sua morte. Foi também um dos ‘arquitetos’, juntamente com o ex-presidente israelita, Shimon Peres, e o ex-primeiro-ministro, Yitzhak Rabin, dos acordos de Oslo que, em última instância, previam a criação de um estado palestino.
Os três homens receberam o Prémio Nobel da Paz em 1994.
Dezenas de milhares de pessoas de toda a Faixa de Gaza “invadiram” hoje a Praça Saraya na cidade de Gaza, esperando-se discursos à tarde.
Os participantes acenaram bandeiras palestinas, cartazes a pedir unidade e empunharam fotos de Arafat e do atual presidente palestiniano e líder da Fatah, Mahmoud Abbas.
"Hoje é um dia de lealdade, unidade e reconciliação. Estamos a dizer ao presidente e ao governo que os seus filhos na Fatah estão à espera do seu apoio em Gaza", disse Shoukri Antar, de 20 anos, pedindo que Mahmoud Abbas volte ao enclave pela primeira vez desde que o Hamas assumiu o poder.
"Queremos que Fatah e Hamas se unam contra o inimigo israelita através desta comemoração", disse Khan Younes, residente no sul da Faixa de Gaza.
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