Este foi o segundo fim de semana consecutivo em que a capital britânica foi alvo de confrontos relacionados com a morte de George Floyd nos EUA.

Além de Londres, as manifestações ocorreram em várias outras cidades do Reino Unidos como Belfast, na Irlanda do Norte, e Brighton, no sul de Inglaterra, embora não tenham sido aí registados atos de violência, até agora, de acordo com relatos das autoridades britânicas.

Elementos da extrema-direita, oriundos de várias zonas do Reino Unido, concentraram-se na Praça do Parlamento, em Londres, com o objetivo de proteger proteger as estátuas do centro de Londres segundo avançou a organização da manifestação.

Alguns manifestantes atiraram garrafas e empurraram polícias, junto à ponte de Westminster, no centro de Londres, enquanto outros provocavam momentos de tensão na praça de Trafalgar.

Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas nos confrontos, incluindo dois polícias, tendo seis delas recebido assistência hospitalar.

O secretário do Interior britânico, Priti Patel, já criticou o "vandalismo inaceitável" dos manifestantes que hoje provocaram a polícia em Londres.

"Qualquer pessoa que cometer violência ou vandalismo deve esperar toda a força da lei. A violência contra os nossos polícia não será aceite. O coronavírus continua a ser uma ameaça para todos", escreveu Patel na sua conta pessoal da rede social Twitter.

créditos: EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Em Paris, o cenário foi semelhante com milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Paris para denunciar a brutalidade policial e o racismo sistémico.

O principal incidente ocorreu quando ativistas da extrema-direita penduraram uma faixa no topo de um edifício da capital francesa, onde se lia “Justiça para as vítimas do racismo anti-brancos”. 

A marcha parisiense deste sábado foi liderada por apoiantes de Adama Traore, um homem francês negro que morreu sob custódia da polícia, em 2016, em circunstâncias que permanecem incertas, apesar de quatro anos de autópsias constantes, sem que ninguém tenha sido acusado nesse caso.

No protesto, um enorme retrato mostrava uma face, em que metade era a cara de Floyd e a outra a de Traore. Faixas ligadas entre árvores à volta da praça da República exibiam nomes, riscados a vermelho, de dezenas de outros que morreram ou sofreram violência às mãos da polícia francesa.