“A dignificação das condições para o exercício da missão especial de serviço público, das infraestruturas, à valorização das condições salariais e melhoria das condições de vida e de bem-estar” está no centro das prioridades”, disse José Luís Carneiro na inauguração do Museu da Polícia de Segurança Pública, que abrirá ao público na sexta-feira. A cerimónia de inauguração contou também com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com o ministro, a PSP é hoje “uma instituição madura”, que “encara com naturalidade o facto de ser uma das mais escrutinadas e sindicadas (…), seja pela Inspeção Geral da Administração Interna, seja pelo Ministério Público e tribunais, seja pela Provedoria de Justiça, por organizações internacionais como a Amnistia Internacional ou mesmo pelo trabalho da imprensa”.
José Luis Carneiro recordou também que, ao longo de 30 anos, a PSP tem representado Portugal em operações internacionais de paz, humanitárias e de gestão civil de crises, bem como em missões de cooperação policial internacional, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Europeia ou da Organização das Nações Unidas (ONU).
“A qualidade do trabalho desenvolvido pelos policias portugueses é bem patente nos inúmeros louvores e reconhecimentos formais por parte destas organizações”, realçou.
José Luís Carneiro destacou ainda a aposta “cada vez mais forte” na formação dos quadros da PSP, em especial dos oficiais, no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna.
“Assistimos ainda à consagração dos direitos sindicais dos policias, a uma presença cada vez mais significativa da mulher-polícia, assim como à modernização de estruturas e equipamentos”, observou.
Sobre o museu, o governante referiu que é um projeto que “visa promover a investigação e o conhecimento sobre a história da PSP, bem como o estudo e musealização do seu património, é muito mais do que o testemunho para as gerações, da nossa polícia”.
“É, acima de tudo, o testemunho do nosso percurso enquanto sociedade, dos nossos erros e das nossas conquistas, dos momentos menos bons e dos verdadeiramente transformadores, enquanto comunidade e enquanto país, certos de que a vivência em liberdade democrática e a concretização plena dos nossos direitos, liberdades e garantias só é possível em segurança”, acrescentou.
O Museu da Polícia de Segurança Pública já era um desejo antigo, segundo José Luís Carneiro, que ganhou dimensão formal em 2007 e, após “algumas vicissitudes”, recebeu em 2016 “um impulso significativo” pela parceria entre a Direção Nacional da PSP e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
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