Discordam quanto à atuação dos governos liderados por António Costa ao longo dos últimos seis anos e meio, mas concordam que o padrão era baixo e, talvez por isso, as expectativas não eram grandes.
Com 26 e 31 anos, respetivamente, Ana Carvalho, presidente do Volt, e Diogo Reis, vice-presidente do RIR, acreditam que é possível fazer política de forma diferente e garantem que a geração a que pertencem não dorme.
Ana Carvalho concorda que a abstenção jovem é grande, mas lembra que os ativistas, os que vão para a rua, são os jovens. "Nós estamos bem acordados, mas não nos revemos na forma de fazer política em Portugal".
Sabem que não querem continuar a ser os que recebem os salários mais baixos, os que pagam mais impostos, os que emigram à procura de melhores oportunidades de vida. E têm planos.
"A guerra e a pandemia são questões conjunturais", afirma Diogo Reis. Mas e do resto, quem trata? Porque há questões que são as mesmas de sempre, como a falta de crescimento económico, os salários baixos, os impostos elevados. "Não conseguimos sair da casa dos nossos pais".
É esta falta de visão que os aflige. Preocupados com a saúde, a educação, as contas para pagar, como é possível pensar a vinte ou trinta anos?
Ana Carvalho e Diogo Reis viram no Volt e no RIR duas formas diferentes de fazer política, uma mais europeísta, outra mais local, ambos acreditam que todos no partido podem contribuir com ideias para melhorar o país.
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